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Após julgamento no Paraná, processo de Moro será apreciado pelo TSE, presidido até junho por Alexandre de Moraes.
Após julgamento no Paraná, processo de Moro será apreciado pelo TSE, presidido até junho por Alexandre de Moraes.| Foto: Marcelo Andrade/Especial para a Gazeta do Povo

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nomeou o advogado José Rodrigo Sade como o novo juiz da classe de juristas do Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR), que ficará então com quórum completo, condição necessária para o julgamento do senador Sergio Moro (União), suspeito de abuso de poder econômico nas eleições de 2022.

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A nomeação do novo juiz eleitoral foi publicada no Diário Oficial da União desta quinta-feira (22). A escolha do presidente da República foi feita com base na lista tríplice do Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR), que ainda tinha os nomes de Roberto Aurichio Junior e Graciane do Valle Lemos.

Sade retorna ao TRE-PR após o fim do mandato de dois anos, em janeiro, como juiz substituto para ocupar a cadeira titular de jurista em substituição a Thiago Paiva dos Santos, que deixou a Corte no mês passado.

O TRE-PR ainda não divulgou a data de posse do novo juiz eleitoral.

Com o posto de jurista vazio, o TRE-PR estava até então impedido de marcar e julgar o senador Moro, pois a exigência é de quórum completo, ou seja, seis juízes mais o presidente do tribunal. O julgamento pode culminar na cassação do mandato de Moro.

Em outro julgamento eleitoral de um ex-integrante da Lava Jato no Paraná, Sade se declarou suspeito para votar sobre o registro de candidatura do ex-deputado federal Deltan Dallagnol (Novo-PR) em 2022, por ter atuado como advogado do ex-procurador da operação.

O relator do caso Moro no TRE-PR, Luciano Carrasco Falavinha Souza, solicitou que a sessão de julgamento fosse realizada na “primeira data possível” em despacho no final de janeiro. A data prevista era dia 19 de fevereiro, que não foi confirmada pela presidência do TRE-PR. O mandato do ex-presidente Wellington Emanuel Coimbra de Moura terminou no dia 31 de janeiro e em seu último ato, ele antecipou a sessão de julgamento do ex-juiz da Lava Jato para o dia 8 de fevereiro.

No entanto, no dia seguinte, o novo presidente do TRE-PR, desembargador Sigurd Roberto Bengtsson, anunciou a suspensão da sessão de julgamento do senador até a nomeação e posse do novo juiz eleitoral do Paraná.

A ação unificada, de autoria do Partido Liberal (PL) e da Federação composta por PT-PV-PCdoB, argumenta que Sergio Moro extrapolou os limites de gastos durante a pré-campanha presidencial pelo Podemos, partido a qual foi filiado entre novembro de 2021 e março de 2022, somada a campanha eleitoral ao Senado nos meses seguintes pelo União Brasil até a vitória das urnas com 1,9 milhão de votos no Paraná.

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