Morreu neste sábado (29), às 19h30, aos 74 anos, o jornalista e escritor Fábio Campana, vítima de complicações da Covid-19. Campana estava internado no Hospital Nossa Senhora das Graças, em Curitiba. Colunista da Gazeta do Povo por 11 anos, Fábio Campana foi um jornalista de grande influência no meio político paranaense, tendo sido secretário de Comunicação da prefeitura de Curitiba e do governo do Paraná na década de 1990. Foi editor do jornal Correio de Notícias e colunista dos jornais O Estado do Paraná, Tribuna do Paraná e Gazeta do Paraná, além de comentarista das rádios Band News e Banda B. Era editor da Travessa dos Editores e mantinha um blog em seu nome.
Nascido em Foz do Iguaçu, em 1947, para além da carreira como colunista e conselheiro político, Campana dedicou-se à literatura, tendo escrito livros de contos, romance e poesia. O último que publicou foi O Ventre, o Vaso, o Claustro, em 2017.
O estilo mordaz de suas colunas políticas diárias contrastava com a personalidade boa-praça que exibia pessoalmente, fosse a políticos que o visitavam em busca de aconselhamento, fosse principalmente aos amigos que cultivava muito perto de si. Sua turma era composta por gente como Dalton Trevisan, Jamil Snege, Nêgo Pessoa e Jaime Lerner, entre tantos outros, que viviam entre rompimentos e reconciliações.
Em sua coluna de despedida da Gazeta do Povo, em 2006, escreveu: "Nestes anos, entendi que as elites nativas, com raras exceções individuais, são provincianas. Colonizadas. Culturalmente, navegam em mar raso. Pouco sabem das coisas do mundo porque não são contemporâneas do mundo, e não querem ser".
Deixa a esposa, Denise, os filhos Rubens e Izabel e o neto Antônio.
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