Indústria teve papel importante na elevação do PIB paranaense.| Foto: Arquivo/AEN
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O Paraná registrou em 2021 o maior aumento no Produto Interno Bruto (PIB) desde 2014: o índice cresceu 3,3%. O avanço é resultado especialmente da recuperação da indústria – em especial da construção civil e setor automotivo – e dos serviços. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (31) pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes).

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O PIB do Paraná, de R$ 579,3 bilhões, equivaleu a 6,67% do PIB brasileiro no período. Os aumentos de 8,52% na indústria e de 2,28% nos serviços foram determinantes para o resultado. A longa estiagem, que ocasionou quebras nas safras de soja, milho e cana-de-açúcar, combinadas à diminuição no processamento de carne bovina, provocaram retração de -9,53% na agropecuária. A arrecadação de impostos apresentou variação de 8,16%.

O diretor-presidente do Ipardes, Daniel Nojima, explicou à Agência Estadual de Notícias que a recuperação do Estado começou já no último trimestre de 2020 e foi constante ao longo do primeiro semestre do ano passado. No ano anterior, o PIB paranaense havia fechado em queda de -1,84%, com o impacto da pandemia em todos os setores, além da forte estiagem.

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Ao longo de 2021, os diferentes ramos que compõem a indústria da transformação expandiram, com destaque para a indústria automotiva e fabricação de máquinas e equipamentos. O bom desempenho da construção civil também impactou. O resultado positivo dos serviços levou em conta a recuperação das atividades de seus segmentos, que estavam entre os mais afetados pela pandemia.

“O PIB paranaense avançou no ano passado mesmo com as adversidades. Além da Covid-19, inflação e alta de juros, o clima afetou muito a produção de energia e da agricultura, que tem um peso grande na economia do Estado”, explica Nojima. “Houve aumento também no número de empregos, ajudando na recuperação de parte do setor de serviços”.

O último trimestre, no entanto, reacendeu o alerta. O PIB até apresentou estabilidade em relação ao período correspondente do ano anterior, com variação de 0,01% e valor acumulado de 3,3%. Mas, dentre as atividades que compõem o valor adicionado (PIB subtraído de impostos), houve expansão de apenas 0,98% na indústria e retrações de -8,05% na agropecuária e de -0,57% no setor de serviços.

No campo, a o fraco desempenho se deu por causa da redução na produção de cana-de-açúcar e carne bovina. No setor de serviços, houve queda acentuada no varejo, provocando a retração.

“O setor de serviços vinha se recuperando por conta do aumento no número de empregos. Mas a inflação em alta desde o terceiro trimestre, com aumento no preço dos combustíveis e dos alimentos, reduziu poder de compra do cidadão e trouxe consequências ao desempenho do comércio, o que fez com que o setor crescesse em um ritmo mais lento no ano”, explica Nojima.

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