Em tempos de coronavírus, quando lavar as mãos com frequência vira recomendação geral, o racionamento de água anunciado pela Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar) em bairros de Curitiba e região chama atenção. A Sanepar explica que a decisão tem ligação com dois fatores, quantidade de chuva abaixo do esperado e aumento do consumo em função da alta temperatura, e que tem avaliado a situação diariamente para decidir se mantém ou não o racionamento.
RECEBA notícias do Paraná pelo WhatsApp
Em resposta à Gazeta do Povo nesta quarta-feira (18), a Sanepar informa que há preocupação com a questão envolvendo a Covid-19, mas reforça que o racionamento afeta 4% da população atendida (total de 3,8 milhões de pessoas) e que há um rodízio entre bairros, de forma a não deixar ninguém desabastecido por mais de 24 horas. Ou seja, a interrupção no fornecimento acontece das 8h às 23h, com a normalização até as 8h do dia seguinte. Durante a normalização, que é sempre de forma gradativa, a recuperação pode ser mais rápida em algumas regiões do que em outras.
O rodízio atualmente em vigor (veja calendário abaixo) começou nesta quarta-feira (18) e segue até a próxima segunda-feira (23), mas a Sanepar ainda não sabe até quando eles serão adotados. Fazem parte do racionamento alguns bairros localizados nas cidades de Curitiba, Pinhais, Piraquara, Colombo e Araucária. O sistema de abastecimento de água de Curitiba e região é formado por quatro barragens, cinco estações de tratamento e 50 reservatórios de água potável distribuídos em bairros de Curitiba e mais 11 cidades da região.
Fatores
Desde junho de 2019, de acordo com a Sanepar, a região de Curitiba não recebe volume de chuva “considerável”. Com base em informações do Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar), a Sanepar informa que, no mês passado, “choveu apenas 30% do esperado” e que “houve aumento de 4,6º C na temperatura nos últimos dias, elevando de maneira significativa o consumo de água por parte da população”.
“Com a redução de vazão em 60% do rio Miringuava, que fornece água para uma das cinco grandes estações de tratamento da Sanepar, houve necessidade de realizar rodízio para cerca de 4% da população atendida pelo sistema de abastecimento integrado. Mesmo diante desde cenário, a Sanepar tem mantido o abastecimento com regularidade para cerca de 3,65 milhões de pessoas, graças ao volume de água armazenado nas quatro barragens”, informou a companhia.
Uso racional
Em situações assim, a Sanepar orienta a população para “fazer uso racional e consciente da água, priorizando o consumo para alimentação e higiene pessoal”. Isso significa adiar lavagem de carros e calçadas, por exemplo.
Segurança pública: estados firmaram quase R$ 1 bi em contratos sem licitação
Franquia paranaense planeja faturar R$ 777 milhões em 2024
De café a salão de beleza, Curitiba se torna celeiro de franquias no Brasil
Eduardo Requião é alvo de operação por suspeita de fraudes em contratos da Portos do Paraná
Deixe sua opinião