O Movimento Pró-Paraná, entidade que une vários setores da sociedade em busca de soluções e propostas para ajudar a desenvolver o estado, vai empossar nesta terça-feira (26) um velho conhecido. O empresário curitibano Marcos Domakoski será reconduzido ao cargo após ter sido reeleito para o biênio 2021-2023 em assembleia geral no último dia 15 de setembro. Em entrevista por telefone à Gazeta do Povo, ele elencou algumas importantes conquistas obtidas pelo movimento nos últimos dois anos e projetou os possíveis pontos de atuação do Pró-Paraná para o futuro próximo.
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Empresário e professor aposentado da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Domakoski tem 69 anos e conta com experiência nos setores público e privado – foi diretor da Copel, presidente da Associação Comercial do Paraná (ACP) e fundador da MDD Comércio e Representações de Papéis, entre outras iniciativas. Desde meados de 2015 ele tem estado à frente do Movimento Pró-Paraná, e neste último processo eleitoral encabeçou chapa única, cujo nome homenageava o jornalista Francisco Cunha Pereira Filho, fundador da instituição.
À reportagem, Domakoski comentou que a pandemia, apesar de todos os impactos negativos trazidos a todos os paranaenses, acabou tendo um bom efeito colateral para os integrantes do Pró-Paraná. Segundo o presidente, a possibilidade de realizar reuniões à distância fez com que o corpo técnico da entidade potencializasse o trabalho “de forma mais prática e sistemática”. “Em um desses encontros tivemos a participação de quatro secretários estaduais de Infraestrutura e Logística, o que nos permite uma interação muito produtiva com todos os setores nos quais atuamos”, apontou.
Ponte entre Brasil e Paraguai é uma das conquistas
O presidente do Pró-Paraná apontou três grandes conquistas obtidas pelo movimento nos últimos dois anos. A primeira, segundo Domakoski, é a construção da segunda ponte ligando o Brasil ao Paraguai, partindo do território paranaense. De acordo com o empresário, a obra foi viabilizada após produtivos encontros entre representantes do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes e da Usina Itaipu Binacional. “Foi por uma articulação do movimento que Itaipu topou pagar pela obra dessa ponte. Graças ao empenho de todas as partes envolvidas, já estamos com 70% das obras concluídas”, avaliou.
Pressão pela 3ª pista no Afonso Pena deu resultado
Outro ponto destacado por Domakoski foi a viabilização da terceira pista no Aeroporto Internacional Afonso Pena, em São José dos Pinhais. Na fala do presidente, o edital de concessão dos aeroportos paranaenses trazia “na bagagem” aeroportos deficitários nos estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Como uma forma de compensação, a entidade lutou para garantir a pista adicional, que agora permite às empresas aéreas alçarem voos mais longos a partir do aeródromo localizado na Região Metropolitana de Curitiba.
“Sem essa pista, Curitiba não poderia operar alguns voos internacionais, em especial aqueles intercontinentais. Para os voos internacionais para países na América do Sul não havia problemas, Argentina, Paraguai, Uruguai. Mas em voos para outros continentes não havia espaço suficiente para as aeronaves decolarem com seus tanques cheios. Houve muito estudo, formalizamos uma proposta pleiteando uma audiência pública para discutir esse assunto e protocolamos o pedido da inclusão da 3ª pista no Afonso Pena. Fomos vitoriosos nessa conquista, uma vitória muito importante para o Paraná”, pontuou.
Trauma dos pedágios vai sendo enterrado
Por fim, Domakoski apontou a adoção de um modelo único para os novos contratos de pedágio no Paraná como uma das conquistas mais importantes do Movimento Pró-Paraná. Segundo ele, o comitê de Infraestrutura da entidade “se debruçou a fundo” para avaliar o modelo a ser adotado após o fim dos contratos atuais, que se encerram no fim de novembro.
“Todos nós paranaenses temos trauma do pedágio, que sangrou a nossa economia em todos os setores, agrícola, industrial, na população como um todo pelas últimas décadas. Era um desconforto, um desprazer de termos um dos pedágios mais caros do mundo. Nós trabalhamos focados em assegurar que as obras fossem realizadas, que houvesse transparência nos processos e nos contratos e com tarifa justa. Este é o tripé sobre o qual nós discutimos a questão do pedágio”, disse o presidente.
Ações futuras
Para os próximos dois anos, Domakoski disse já ter alguns temas prioritários para as discussões no Pró-Paraná. Além de setores da infraestrutura do Paraná, outras áreas como a educação vão receber uma atenção especial da entidade, garantiu o presidente.
“Tenho certeza de que falo por toda a diretoria e pelos conselhos quando afirmo que os temas cruciais para nosso desenvolvimento seguirão como pauta prioritária em nosso ativo comitê de infraestrutura, integrado também pelo Instituto de Engenharia do Paraná, e que agora se prepara para aprofundar o debate sobre geração de energia, elétrica e a gás, sobre logística portuária, transporte ferroviário, saneamento e tantas outras questões. Queremos também aprofundar, num comitê, a discussão sobre educação, que entendemos ser pedra angular de um Paraná melhor no futuro. Apostamos na educação como elemento-chave para dissipar a desigualdade e fazer prosperar a paz e a justiça”, concluiu.
Cerimônia
A cerimônia de posse de Marcos Domakoski à frente de mais um mandato como presidente do Movimento Pró-Paraná será transmitida pela internet a partir das 17h desta terça-feira (26). Além da diretoria eleita, a solenidade contará também com a participação do governador do Paraná, Carlos Massa Ratinho Junior (PSD). Na ocasião, o governador vai falar sobre os principais desafios e conquistas de sua gestão.
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