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Médica Virgínia Soares de Souza
Médica foi denunciada por “antecipar” a morte de sete pacientes que estavam internados em Unidade de Terapia Intensiva (UTI), no Hospital Evangélico| Foto: Átila Alberti/Arquivo/Tribuna do Paraná

Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) decidiu, nesta quinta-feira (16), que a médica Virgínia Soares de Souza não vai a júri popular. Virgínia protagonizou um caso de repercussão nacional após ser acusada, com o auxílio de uma equipe de profissionais, de antecipar a morte de sete pacientes da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Evangélico de Curitiba, casos registrados de 2011 a 2013.

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Na época, os acusados chegaram a ser presos, mas passaram a responder ao processo em liberdade. A decisão desta semana foi por 4 votos a 1, proferida pela 2ª Câmara Criminal do TJ-PR. Ainda cabe recurso.

Em nota pública divulgada, o Ministério Público do Paraná (MP-PR) informou que seguirá pedindo que o caso seja julgado pelo Tribunal do Júri. O MPPR reitera que “além dos sete casos iniciais que desencadearam as investigações, a acusada responde pela prática de outros 82 homicídios. As respectivas ações penais encontram-se em fase de instrução judicial. Existem, ainda, mais de 100 inquéritos policiais em trâmite relacionados aos ilícitos praticados pelos denunciados”.

O caso Virgínia Soares

A médica Virgínia Soares de Souza foi acusada, junto com outras sete pessoas, de induzir a morte de pacientes, quando ela era chefe da UTI do Hospital Evangélico na capital paranaense.

Segundo a denúncia, a médica agiu de maneira torpe nos casos, por se sentir “onipotente” e pretender o poder de “decretar o momento da morte” das pacientes. O objetivo de Virgínia Soares, de acordo com o MP, seria agilizar a liberação de leitos na UTI do hospital. A defesa da médica tem sustentado que todos os atos dela possuem justificativas em literaturas médicas.

As primeiras denúncias contra Virgínia ocorreram em 2013, com uma série de redefinições na Justiça. Em 2017, um magistrado do TJ-PR considerou que não havia provas suficientes para enviar Virgínia e os demais denunciados a Júri Popular. O Ministério Público recorreu e, em 2021, um colegiado revisou a decisão do magistrado. Na sequência, a decisão foi contestada pela defesa da médica, chegando então à revisão proferida nesta quinta-feira.

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