A primeira vez que Curitiba sonhou com um sistema de metrô foi em 1969. Inspirado nas maiores cidades do mundo, um grupo de engenheiros e arquitetos colocou no papel uma projeção de como seria o modelo ideal, considerando as particularidades locais. Chegaram à conclusão, motivados por uma proposta que estava em avaliação nos Estados Unidos, que o caminho mais adequado seria enterrar apenas uma parte do trajeto e construir elevados para a circulação no restante do trecho, chamado de Expressway ou Sky-Bus.
Traços e um punhado de números sobre os modelos mais modernos de transporte urbano no mundo à época fazem parte de um conjunto de 117 páginas que descansa, há 50 anos, nas prateleiras do Instituto de Planejamento e Pesquisa de Curitiba (Ippuc). Entre os arquitetos que participaram do projeto estava Jaime Lerner, que menos de dois anos mais tarde viria a se tornar prefeito da cidade e não teria nem tentado viabilizar a proposta. Ele se manifestou várias vezes alegando que metrô não seria a melhor solução para Curitiba.
As projeções indicavam a necessidade de agilizar o transporte coletivo principalmente por causa dos congestionamentos que, 50 anos atrás, já eram motivo de preocupação. Curitiba tinha, então, cerca de 600 mil habitantes – hoje só a capital tem quase 2 milhões. Na prática, o estudo preliminar de 1969 serviu de base para o sistema de ônibus, com vias exclusivas, implantado a partir de 1974. Depois do projeto original do metrô em Curitiba, outras seis tentativas de incluir o transporte sobre trilhos foram feitas. Nenhuma avançou, sempre por dois fatores principais: a falta de dinheiro para viabilizar a proposta e a percepção dos planejadores da cidade de que não seria a melhor opção para Curitiba.
A Gazeta do Povo consultou o documento original, destacou os pontos mais interessantes, fez intervenções para deixar o material mais colorido e explicativo e conversou com pessoas que participaram do projeto ou estudaram os desdobramentos da iniciativa. Agora, convidamos você a mergulhar na história, voltar 50 anos no tempo e conhecer a Curitiba de 1969, a partir do estudo preliminar do metrô, que mostra o que a cidade poderia ter sido e não foi.
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