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Cobrança de pedágio foi interrompida nas rodovias do Anel de Integração em 27 de novembro de 2021
Cobrança de pedágio foi interrompida nas rodovias do Anel de Integração em 27 de novembro de 2021| Foto: Alex Silveira/Tribuna do Paraná

Uma reunião entre representantes do Ministério dos Transportes e da Secretaria da Infraestrutura e Logística do Paraná está marcada para a próxima semana e pode começar a destravar o programa de concessões de rodovias federais no Estado. A iniciativa do encontro partiu do ministro Renan Filho, que quer discutir com o Governo do Paraná a eventual necessidade de realizar novas mudanças no modelo de concessão já amplamente discutido após o fim dos últimos contratos, em 2021.

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Em nota enviada à Gazeta do Povo, o Governo do Paraná confirmou as tratativas com o Governo Federal. Nessa discussão, aponta a nota, “o objetivo do Paraná é manter a modelagem e o cronograma de obras e investimentos ajustado no estudo contratado na gestão [federal] passada. A prioridade é garantir tarifa justa e execução de obras necessárias para consolidar o Paraná como hub logístico da América do Sul”.

A nota relembra que o modelo de pedágio a ser adotado no Estado foi amplamente discutido junto à sociedade civil, “com audiências públicas em todo o Paraná, e uma audiência pública virtual da ANTT, que bateu recorde com mais de 4 mil contribuições do público interessado, chegando na modelagem atual, que passa pelos últimos ajustes”.

Reunião deve discutir obras e aporte de concessionárias

Entre as mudanças a serem discutidas na reunião estão a extensão do cronograma de entrega de algumas das obras previstas no edital, e até mesmo a exclusão de algumas delas, o que tornaria os novos contratos mais enxutos. O desafio é encontrar um meio termo entre o modelo discutido anteriormente, mais completo, e o que o governador Carlos Massa Ratinho Junior chamou por mais de uma vez de “pedágio capira”, que seria apenas de manutenção e sem grandes obras de infraestrutura.

Os novos contratos de pedágio no Paraná teriam, entre suas características, uma disputa pela menor tarifa sem um limite de descontos sobre o teto da tarifa. Um aporte financeiro proporcional ao desconto também foi previsto como forma de garantir a sustentabilidade dos novos contratos. Na reunião entre os representantes dos governos estadual e federal, esse modelo de um maior aporte para um maior desconto pode sofrer alterações.

Com novos contratos, novo modelo de manutenção

A assinatura dos novos contratos também deve restabelecer às novas concessionárias a responsabilidade pela manutenção das vias pedagiadas. Desde o fim dos contratos anteriores, cabe ao Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) a manutenção das vias federais no Paraná. O Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER-PR), por sua vez, é responsável pelas rodovias estaduais. Mas a agilidade na prestação do serviço não é a mesma da época das rodovias pedagiadas, reclamam representantes do setor de transportes.

Além disso, em alguns casos, como nos deslizamentos ocorridos no fim de 2022 na BR-277, na região de Morretes, o DER-PR acabou assumindo a responsabilidade pelas obras de manutenção nos trechos impactados da rodovia, que é federal.

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