O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Paulo Alvim, esteve no Paraná nesta quinta-feira (23) e anunciou investimentos para o setor na região norte do Estado. Após uma passagem pela cidade de Assaí, onde anunciou investimentos da ordem dos R$ 2 milhões em um centro de formação profissional, ele participou de um evento no campus da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) em Londrina. Na ocasião, Alvim conheceu as instalações da universidade e falou sobre a possibilidade de investimentos futuros no local.
Pela manhã, em Assaí, o ministro esteve no Centro Estadual de Educação Profissional Maria Lydia Cescato Bomtempo. Por lá, Alvim confirmou que o governo federal deve direcionar R$ 2 milhões para o centro para auxiliar na estruturação do local. “Nós vimos várias iniciativas por lá, mas faltava algo fundamental, a experimentação em laboratórios. O pleito que nos foi apresentado e que nós vamos trabalhar conjuntamente é o fortalecimento da base de laboratórios daquela escola”, explicou.
Na visita ao campus da UTFPR em Londrina, no período da tarde, o ministro conheceu o Centro de Inovação da universidade. O espaço faz parte do ecossistema de desenvolvimento de empresas de base tecnológica dentro do ambiente universitário, que fornece condições de os estudantes colocarem em prática os projetos desenvolvidos dentro do ambiente de aprendizado.
Universidade conta com ecossistema de desenvolvimento de empresas de base tecnológica
“Nós temos toda uma estrutura que começa com uma Empresa Junior. São projetos que são iniciados dentro das salas de aula, com a colaboração dos professores. Dentro desse universo, nós selecionamos aquelas que são minimamente viáveis para que possam ser transferidas para o Hotel Tecnológico, que é uma espécie de pré-incubadora. Conforme essa ideia ganha corpo, ela vai para a incubadora de projetos, e o próximo passo é se estabelecer no Centro de Inovação”, detalhou o diretor-geral do campus da UTPFR em Londrina, Sidney Lourenço.
“Nesta etapa, as empresas já estão produzindo seus produtos, mas em pequena escala, em escala piloto. Nós entendemos que essas empresas ainda precisam ganhar corpo para chegar ao mercado, e elas ainda não têm perna para dar esse salto, pagar funcionários, pagar aluguel. Ela paga uma tarifa de aluguel simbólico para a universidade, mais como uma forma de experimentar, de sentir que precisa contribuir com o custeio de energia, água. Isso vai até que haja condições de esse CNPJ se sustentar sozinho no mercado”, complementou.
Diretor do campus da UTFPR apresentou projeto e pediu investimentos ao ministro
Lourenço aproveitou a visita do ministro para apresentar aquele que deve ser o próximo passo dentro desse ambiente da UTFPR, o Parque Científico e Tecnológico. A ideia é levar toda a estrutura de incubação de empresas para o parque, que será montado em um terreno anexo ao campus. Para tanto, Lourenço estima que serão necessários investimentos da ordem de R$ 1,5 milhão.
“O nosso Centro de Inovação já está sem capacidade para comportar novas empresas. E no novo Parque Científico e Tecnológico teremos essa condição. Dentro desse espaço teremos laboratórios de prototipagem, laboratórios abertos onde as empresas poderão usar esses espaços, salas de reuniões, é um espaço para proporcionar às empresas a possibilidade de desenvolvimento das ideias. E são projetos que precisam estar casados com as áreas de atuação dos nossos cursos, como as engenharias mecânica, química, ambiental, de produção, a licenciatura em química e a tecnologia de alimentos”, explicou.
Alvim evitou falar sobre investimentos diretos na UTFPR, mas abriu possibilidade de parcerias
Questionado sobre a possibilidade de investimentos na construção do novo espaço na UTFPR, o ministro explicou que o foco da pasta é investir cada vez mais em pesquisa e desenvolvimento, e cada vez menos em construção civil e infraestrutura. Porém, como explicou Alvim, há a possibilidade de formação de parcerias para viabilizar os projetos.
“Nosso ministério é de pesquisa e desenvolvimento. Essas novas infraestruturas às vezes têm necessidade de obras de construção civil. Isso é mais difícil, mas nós podemos formar parcerias nessa engenharia financeira. Eu posso adiantar que toda a parte de equipamento laboratorial, capacitação de recursos humanos, nós podemos construir juntos. Nos demais, poderemos ser parceiros nesse processo de viabilizar essa estrutura física”, comentou.
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