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Retomada da cobrança em praça de pedágio de Jacarezinho ocorre por conta de uma ordem da Justiça Federal.
Retomada da cobrança em praça de pedágio de Jacarezinho ocorre por conta de uma ordem da Justiça Federal.| Foto: EPR Litoral Pioneiro/Divulgação

Os moradores do distrito Marques dos Reis, no município de Jacarezinho, norte pioneiro paranaense, voltam a pagar o pedágio nesta quarta-feira (10), a partir das 13h51. A medida é para as praças de pedágio instaladas na BR-153 e na BR-369. A retomada da cobrança ocorre em cumprimento a uma ordem da Justiça Federal que derrubou a isenção concedida desde o dia 23 de março.

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Em ambas as praças, administradas pela empresa EPR Litoral Pioneiro, a tarifa para carros, caminhonetes e furgões é de R$ 12. Para caminhões leves e ônibus é de R$ 24. No mês passado, a Justiça Federal determinou que os moradores de Marques dos Reis, distrito de cerca de 2 mil habitantes, ficassem isentos do pagamento do pedágio. No entendimento da Justiça, o distrito ficou isolado do núcleo urbano de Jacarezinho por causa do pedágio. A ação foi movida pela prefeitura de Jacarezinho.

Na petição inicial, para a prefeitura, os moradores "se veem inquestionavelmente presos pela praça, pois não possuem outro acesso ou via alternativa". Contudo, na nova decisão, o juiz Vinícius Sávio Violi afirmou que a prefeitura não explicou que grande parte do distrito tem acesso livre ao centro da cidade. Ou seja, há meios alternativos para o acesso ao centro de Jacarezinho que não foram comentados na ação.

"'Foi expressamente reconhecido pelo município que a maioria das pessoas beneficiadas pela tutela provisória deferida anteriormente nem mesmo dela necessitam", destacou. O juiz concluiu que a grande maioria dos habitantes de Marques dos Reis tem acesso ao centro da cidade sem nenhuma interferência da praça de pedágio.

Violi ainda ressaltou que o município "tentou emplacar a ideia de que todos os moradores do Distrito de Marques dos Reis teriam que pagar pedágio em seus deslocamentos rotineiros", o que não se revelou como verdadeiro. O juiz afirmou que o município não revelou informações importantes no processo.

"Por exemplo, não soube dizer quantas pessoas moram nas oito ruas que são acessíveis após pagar pedágio; não soube dizer quantos estabelecimentos comerciais estão lá localizados; não apresentou dados básicos da influência do local na sua economia etc. Claro que isso poderá ser discutido posteriormente no processo; todavia, em tutela provisória a tese do município fica bem enfraquecida, sendo afastada por ora a probabilidade do direito", determinou o juiz.

Em nota, a concessionária responsável pelo trecho reiterou compromisso com a transparência e em cumprir as decisões judiciais. A prefeitura de Jacarezinho não retornou à reportagem da Gazeta do Povo.

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