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Sergio Moro considera revanchismo do governo Lula a investigação aberta contra ele no Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
Sergio Moro considera revanchismo do governo Lula a investigação aberta contra ele no Conselho Nacional de Justiça (CNJ).| Foto: Lula Marques/Agência Brasil

O ex-juiz da Operação Lava Jato e senador Sergio Moro (União-PR) disse acreditar que o ministro Luís Roberto Barroso na presidência do Supremo Tribunal Federal (STF) pode representar um possível retorno da "pacificação" das esferas políticas e sociais. Em entrevista ao jornal Correio Braziliense, ele comentou que Barroso deveria auxiliar a interromper o "revanchismo que vem do governo Lula (PT)".

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"O ministro Barroso é muito qualificado, preparado e habilidoso. Ele tem dito que quer tentar ajudar na pacificação do país, o que é muito positivo, e espero que ele tenha sucesso nessa missão”, disse. "Particularmente, sem querer ser arrogante, dar sugestões ou coisa parecida, será uma excelente gestão se ele conseguir interromper esse revanchismo que vem do governo Lula (PT) em relação ao passado", destacou Moro ao jornal.

Em sua rede social, Moro também disse que deseja "sucesso ao novo Presidente do STF e do CNJ ⁦@LRobertoBarroso⁩. Que ele possa contribuir com a pacificação do país, sem revanchismo político, e garantir a independência da magistratura, de todas as instâncias".

A Corregedoria do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) instaurou, no último dia 22, um processo de reclamação disciplinar contra Moro pela devolução de mais R$ 2 bilhões à Petrobras, durante a força-tarefa da Lava Jato que investigou os desvios do esquema do Petrolão nos governos do PT no Brasil.

Sobre o assunto, o parlamentar afirmou que o CNJ não tem poderes para investigar um senador. “Ele (CNJ) só tem poderes disciplinares sobre servidores e juízes no exercício da magistratura. Pode-se dizer, eventualmente, inativo ou aposentado, mas eu não sou nem, um nem outro. A maior sanção que o CNJ pode aplicar ao magistrado é a aposentadoria compulsória. Eu deixei esses benefícios da magistratura, embora tenha contribuído ali por 22 anos. Não entendo muito bem esse procedimento. Particularmente, a corregedoria do CNJ, não dá para dizer a instituição em si, porque é uma iniciativa da Corregedoria, está exercendo um poder que não tem”, ressaltou.

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