O senador paranaense Sergio Moro (União Brasil) pediu à direção nacional de seu partido a dissolução de quatro diretórios municipais da legenda no Paraná. Estão na mira do senador os diretórios do União Brasil de Maringá, Londrina, Francisco Beltrão e Araucária. Para estas cidades, Moro pediu a Antonio de Rueda, presidente nacional do partido, uma “intervenção imediata com dissolução do diretório e formação de novos com integrantes por mim indicados”.
A explicação para o pedido de Moro é uma possível insatisfação do senador com o deputado federal Felipe Francischini, presidente estadual do União Brasil no Paraná. De acordo com o documento – encaminhado para o primeiro vice-presidente e para o secretário-geral do partido, Antônio Carlos Magalhães Neto e o senador Davi Alcolumbre, respectivamente, além de Rueda – há uma “insatisfação generalizada” dentro da legenda por conta das definições de nomes feitas de forma “isolada” e “arbitrária” por parte de Francischini.
“Peço escusas pela solicitação que se faz apenas em decorrência da centralização arbitrária das decisões políticas no Estado do Paraná pelo atual presidente do UB/PR, alijando não só o subscritor, mas a maioria dos filiados do partido, inclusive deputados federais e estaduais, das necessárias discussões e definições políticas”, aponta um trecho do documento.
Para Moro, dissolução de diretórios municipais é imprescindível para o fortalecimento do União Brasil
No mesmo requerimento, no qual Moro pede que sejam mantidas as direções locais do União Brasil em outras 20 cidades do Paraná, inclusive em Curitiba, o senador afirma que a intervenção seria “imprescindível para o fortalecimento do União Brasil” e para “o planejamento estratégico não só para 2024 como também para 2026”.
Em junho, durante uma participação no programa Direto ao Ponto, da Jovem Pan, Moro deixou claro que não irá disputar a presidência da República em 2026, mas deixou em aberto a chance de se candidatar na disputa pelo governo do Paraná. “Eu tenho uma preocupação de impedir que o PT assuma o governo do estado do Paraná, e somos um dos nomes com condições de impedir o avanço do PT”, afirmou.
Procurado nesta segunda-feira (22) pela Gazeta do Povo, Moro respondeu, por meio de sua assessoria, que não iria comentar pedido feito à direção nacional do União Brasil. A reportagem também tentou contato com o deputado Felipe Francischini, que não respondeu o pedido de nota.
À Folha de S. Paulo, o deputado disse que movimentações nos diretórios municipais do partido fazem parte do processo interno democrático de debates sobre candidaturas e apoios. “Revimos algumas cidades e outra mantivemos. Tudo dentro do diálogo”, afirmou.
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