Londrina é a grande cidade do Sul do Brasil com maior mortalidade por Covid-19

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A situação relativamente confortável do Paraná em relação aos demais estados do país no enfrentamento ao coronavírus, sendo um dos estados com menor incidência e mortalidade, e com 60% de seus leitos ainda disponíveis, não o torna imune a cenários delicados. Um dos exemplos é a situação de Londrina, no Norte do estado. Com 20 mortes por Covid-19 até esta terça-feira (26), a cidade é a que registra a maior mortalidade entre os grandes municípios do Sul do país.

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Levantamento da Gazeta do Povo sobre a situação da pandemia em todas as cidades do Brasil mostra que entre as cidades com mais de 300 mil habitantes, consideradas de grande porte, Londrina é a cidade do Sul com o maior número de mortes por 100 mil habitantes (3,5) – ou 35 mortes por milhão, como contabiliza o Ministério da Saúde. Treze municípios do sul enquadram-se no critério de cidade grande.

Londrina fica à frente de Joinville (25 mortes por milhão de habitantes) e das capitais Curitiba e Porto Alegre (ambas com 19 mortes por milhão). Outro dado que gera preocupação sobre Londrina é que, mesmo com 20 mortes, o número de casos confirmados na cidade é relativamente baixo (317), uma incidência de 55,6 casos para cada 100 mil habitantes e uma letalidade de 6,5% dos casos, enquanto a média paranaense é de 4,6% de letalidade – 156 mortes para 3.331 casos.

Londrina tinha, nesta terça-feira, apenas uma morte a menos do que Caruaru (PE), que registrava 670 casos da doença (mais que o dobro da cidade paranaense), e do que Piracicaba (SP), com 977 casos (mais que o triplo). São José do Rio Preto (SP) tinha 1.203 casos e 18 mortes. Todas cidades com mais de 300 mil habitantes. Entre as cidades do Sul, a mais próxima de Londrina na mortalidade é Joinville, com 15 mortes, mas em 649 casos.

Confira a lista

Por meio da assessoria de imprensa, a Prefeitura de Londrina comunicou que vem adotando todos os protocolos preconizados pela Secretaria Estadual de Saúde (Sesa) para o enfrentamento da pandemia. A prefeitura cita que a cidade não atingiu a capacidade total de leitos de UTI reservados para Covid-19 e que, assim, nenhum óbito ocorreu por falta de tratamento médico. A prefeitura informou que, dos 20 casos, apenas um senhor de 94 anos morreu de forma muito rápida, por já ter problemas crônicos graves. “Todos os outros pacientes, mesmo outros idosos, receberam todos os cuidados e tratamentos previstos em protocolos aprovados pelo Ministério da Saúde”. A assessoria de imprensa ainda que "todos os 20 pacientes que morreram em Londrina estavam no grupo e risco. Todos tinham comorbidade associada". Aponta também que, ao contrário de outros estados, o protocolo da Sesa, determina a realização de um novo teste para Covid em pacientes que testaram negativa, mas acabaram morrendo, o que elevou o número de casos positivos após a morte.