O Ministério Público do Paraná (MPPR) iniciou nesta quarta-feira (12) a investigação que vai apurar a produção e o envio de vídeos em massa para pais e responsáveis de alunos da rede pública estadual de educação contra a greve dos professores.
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O fato foi registrado na última semana, quando profissionais da área de educação paralisaram as atividades em protesto contra a tramitação e aprovação da lei Parceiro da Escola, que terceiriza a gestão administrativa de 204 colégios públicos do Paraná.
Ainda na semana passada, a Secretaria de Estado da Educação (Seed) confirmou que fez o disparo em massa do vídeo e destacou que “o objetivo era alertá-los [pais e responsáveis] sobre os riscos que estudantes poderiam enfrentar em manifestações, promovendo a reflexão e prevenindo situações adversas”.
O vídeo alertava que a APP-Sindicato estava espalhando desinformação sobre o projeto Parceiro da Escola e chamava atenção para possíveis manifestações violentas, pedindo que os pais mantivessem os filhos em casa, distantes “do caos e dos perigos”.
Durante as manifestações, profissionais da educação, membros de movimentos estudantis e partidos de esquerda chegaram a depredar e invadir a sede da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), onde o projeto tramitou em regime de urgência. Parte do grupo ocupou o prédio por cerca de 24 horas.
Em nota, a Secretaria da Educação do Paraná afirmou à Gazeta do Povo que aguarda notificação oficial do MPPR sobre a abertura da investigação e diz que também está apurando administrativamente os fatos. O processo na Seed tem prazo aproximado de 30 dias para conclusão.
O MPPR afirmou que a apuração é conduzida pela 5ª Promotoria de Justiça de Proteção do Patrimônio Público de Curitiba e vai investigar desde a produção do vídeo até o envio com disparo em massa. “O objetivo é averiguar as circunstâncias do custeio, da produção e do envio no âmbito da Secretaria de Estado da Educação, de vídeo encaminhado a pais de alunos da rede pública estadual de ensino”, confirmou o MPPR.
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