Anunciado pela gestão Rafael Greca (DEM) em 2018, o projeto Muralha Digital está em fase de testes e deve ser inaugurado oficialmente em janeiro de 2021. Segundo a Secretaria Municipal da Defesa Social de Curitiba, “cerca de 83%” das 488 câmeras previstas para o videomonitoramento de pontos considerados estratégicos da cidade já estão instaladas.
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Localizado no prédio do Instituto das Cidades Inteligentes (ICI), no Cabral, o Centro de Controle Operacional (CCO), onde as imagens serão acompanhadas em tempo real já funciona em caráter experimental.
Na primeira etapa de implantação do projeto, o município contará com uma estrutura que permitirá monitorar em tempo real 1.185 pontos do município, incluindo 38 vias de acesso à cidade. Às 697 câmeras já presentes em ruas, praças, terminais e estações-tubo estão sendo instalados 406 novos equipamentos em escolas municipais e 82 em locais como Ruas da Cidadania, Rodoferroviária, Largo da Ordem, além de outras praças e cemitérios. Segundo a prefeitura, a escolha dos pontos levou em consideração os índices de criminalidade.
Dos 488 novos dispositivos, 52 contarão com tecnologia de reconhecimento facial em tempo real; 12 terão alcance panorâmico; 4, análise térmica; e 14, sistema OCR para identificação de placas de veículos.
Além das câmeras, o projeto prevê ainda 300 novos radares, que fiscalizarão 804 faixas de trânsito com leitura de placa. A licitação para esses equipamentos está concluída, e a previsão é de que a instalação comece nas primeiras semanas de 2021.
A ideia, de acordo com a prefeitura, é monitorar todas as vias de entrada e saída da cidade, identificando, por exemplo, veículos roubados. Outra medida prevista é a implantação de 185 botões de pânico, um em cada escola municipal.
Além da segurança pública, a prefeitura pretende utilizar o sistema para gestão de trânsito e transporte coletivo e assistência social. “Será um completo sistema de proteção social contra catástrofes ambientais, de prevenção de cheias e de enchentes, de repressão de assaltos e ao tráfico de drogas”, declarou Greca à agência de notícias da prefeitura após visita ao CCO.
Uma segunda etapa do projeto prevê a integração à plataforma de monitoramento de centenas de câmeras de particulares – pertencentes, por exemplo, a shoppings, comércios, postos de combustível e até residências. O procedimento já está regulamentado em lei aprovada pela Câmara Municipal de Curitiba em 2019. A adesão será voluntária.
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