Lado brasileiro da ponte se chamará Jaime Lerner; lado paraguaio será chamado de Presidente Franco| Foto: Divulgação / DER-PR
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Foi aprovado nesta quinta-feira (2) pelo Congresso Nacional o projeto de lei que dá o nome do arquiteto e ex-governador do Paraná Jaime Lerner à parte brasileira da nova ponte ligando Foz do Iguaçu, no Paraná, a Presidente Franco, no Paraguai. O texto agora segue para sanção do presidente Jair Bolsonaro (PL).

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A ponte terá 760 metros de comprimento e um vão-livre de 470 metros – o maior da América do Sul. Serão duas pistas simples com 3,6 metros de largura, acostamento de três metros e calçada de 1,7 metro nas laterais. De acordo com o Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER-PR), ao final do mês de maio faltava pouco mais de 100 metros para que os dois lados da ponte se encontrassem sobre o Rio Paraná.

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O projeto, de autoria do deputado paranaense Evandro Rogério Roman, começou a tramitar na Câmara dos Deputados em 2021. O texto original sofreu emendas do Senado, que ponderou não ser possível aos legisladores brasileiros definirem o nome da ponte em toda sua extensão.

“Salvo hipóteses de concordância mútua quanto ao eventual homenageado, é difícil encontrar personalidade que tenha a mesma projeção em ambos os países”, justificou o senador Marcelo Castro (MDB-PI), titular da Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado Federal e relator da emenda.

A saída então foi nomear como Jaime Lerner a ponte “até o trecho em que se encontra no território nacional, que, pelo critério da linha da equidistância das margens, é o meio do curso d’água” do Rio Paraná. O lado paraguaio da ponte receberá o nome Presidente Franco, mesmo nome da cidade onde a estrutura está sendo erigida.

Nome de Jaime Lerner foi alvo de críticas

O nome de Jaime Lerner foi alvo de críticas de políticos e empresários de Foz do Iguaçu ainda no começo da tramitação. Quando o texto foi aprovado no plenário da Câmara dos Deputados, em agosto de 2021, empresários e vereadores da cidade se posicionaram contrários à adoção do ex-governador como homenageado na nova ponte.

“Não houve consulta popular, nem às autoridades locais, nem à Sociedade Civil Organizada, nem à Itaipu, que é quem está bancando a obra e quem deu esse nome de ponte da Integração. Temos a ponte da amizade e, agora, essa que fará a integração econômica entre os dois países deverá se chamar ponte da integração. A sociedade já aprovou esse nome, o lado paraguaio também. É inoportuno um deputado que nem da cidade é propor trocar esse nome”, disse, à época, o presidente da Câmara Municipal de Foz do Iguaçu, Ney Patrício (PSD).

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Nem mesmo durante as discussões do projeto de lei no Congresso houve aprovação geral e irrestrita ao nome de Jaime Lerner. O deputado Sargento Fahur (PSD-PR), que substituiu o deputado Fred Costa (Patriota-MG) na leitura do parecer favorável da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, declarou não concordar com a homenagem. “Com todo o respeito à memória do Jaime Lerner, eu não concordo com o nome da ponte porque este homem encheu o Paraná de pedágios”, disse.