A nova ponte que vai ligar o Brasil com o Paraguai, conectando as cidades de Foz do Iguaçu e Presidente Franco, já começa a ganhar forma nas margens do Rio Paraná. A estrada, que será o principal caminho para o trânsito de caminhões, está sendo bancada com recursos da Itaipu Binacional. Ao todo, o projeto, cuja previsão é estar pronto até março de 2022, custará aos cofres da hidrelétrica R$ 463 milhões - dos quais R$ 323 milhões exclusivamente na ponte e outros R$ 140 milhões para a via de acesso entre ela e a BR-277.
RECEBA notícias do Paraná pelo WhatsApp
Vista como importante para o desenvolvimento da região e aguardada há pelo menos 30 anos, a ponte recebeu nesta sexta-feira (28) a visita de uma comitiva de autoridades. Além do ministro de Infraestrutura Tarcísio Gomes de Freitas, estiveram no canteiro de obras o governador do Paraná Carlos Massa Ratinho Junior (PSD) e o diretor brasileiro da Itaipu, general Joaquim Silva e Luna.
Para o ministro, a nova ligação entre os países vai intensificar o comércio bilateral. "O Paraguai é um grande parceiro. Um país que tem crescido muito. Diante deste contexto é fundamental garantirmos condições para o desenvolvimento mútuo da região", explicou.
Discurso semelhante ao adotado por Ratinho Junior, que destacou a expectativa de que a obra traga grande impacto econômico e social. Esse desenvolvimento compartilhado foi destacado pelo governador por meio de uma analogia. "É como viver em um bairro. Se a sua casa está bem cuidada e a do seu vizinho também, o bem-estar é compartilhado por todos".
À frente da Itaipu, responsável pelo financiamento da ponte, o general Silva e Luna aproveitou os holofotes para contar como a construção do novo caminho entre os dois países é encarada pela empresa. "Além de gerar energia, nossa missão é contribuir com o desenvolvimento social", falou o diretor da Binacional, ressaltando a origem dos recursos. "Nosso maior objetivo é deixar um legado para esta região em que o cidadão possa olhar e saber como o dinheiro público é aplicado."
Outras obras
Além de vistoriar as obras da segunda ponte, a comitiva participou ainda da inauguração das obras de ampliação do Aeroporto Internacional de Foz do Iguaçu. A ordem de serviço prevê a conclusão das intervenções para abril de 2021. Segundo assessoria de Itaipu, a usina será responsável por cerca de 80% do custo da obra. A ampliação da pista - mais 600 metros - deverá custar R$ 53,9 milhões. “Significa fazer conexão de Foz do Iguaçu direto com a Europa, direto com os Estados Unidos. Foz é o segundo maior destino de interesse de turistas no Brasil, há um interesse muito grande das empresas em operar aqui para Foz do Iguaçu", falou o ministro Tarcísio Gomes de Freitas.
Outro investimento anunciado pelo ministro da Infraestrutura para Foz do Iguaçu foi a duplicação da BR-469, num trecho que de 8,5 quilômetros entre o trevo da Argentina até o portão do Parque Nacional do Iguaçu. A expectativa é de que até maio deste ano seja liberada a Licença de Instalação do Ibama para a duplicação da rodovia. O lançamento da licitação está previsto para julho e agosto. A ordem de serviço deve ser assinada em setembro, com conclusão prevista até março de 2022.
O investimento será de aproximadamente R$ 135 milhões. Desse total, 70% serão financiados pela Itaipu e 30% pelo governo do Estado, que deverá ficar encarregado da gestão da obra.
Moraes eleva confusão de papéis ao ápice em investigação sobre suposto golpe
Indiciamento de Bolsonaro é novo teste para a democracia
Países da Europa estão se preparando para lidar com eventual avanço de Putin sobre o continente
Em rota contra Musk, Lula amplia laços com a China e fecha acordo com concorrente da Starlink
Segurança pública: estados firmaram quase R$ 1 bi em contratos sem licitação
Franquia paranaense planeja faturar R$ 777 milhões em 2024
De café a salão de beleza, Curitiba se torna celeiro de franquias no Brasil
Eduardo Requião é alvo de operação por suspeita de fraudes em contratos da Portos do Paraná
Deixe sua opinião