Novas rachaduras se formaram na BR-277 nesta terça-feira (14), entre Curitiba e o Litoral do Paraná. Dessa vez foi no km 28. Uma equipe técnica do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (Dnit) foi enviada ao local e, no fim da tarde, o órgão informou que não houve necessidade de nova interdição da estrada, ao contrário do que ocorreu na semana passada.
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“Após análise, constatou-se que, no local, há apenas desgastes do pavimento e uma trinca transversal no encabeçamento da ponte situada na pista crescente, o que é comum em viadutos que não possuem a laje de transição”, informou por nota o Dnit.
De acordo com o comunicado, a ocorrência dessa terça-feira não tem qualquer ligação com o afundamento no km 33, na semana passada que começou com uma rachadura provocada pela infiltração da água da chuva. A situação acabou determinando o bloqueio completo da estrada por 20 horas durante a última quarta-feira (8). O Dnit informou também que dará início às obras do km 33 a partir desta quarta-feira (15).
Soja começa a ser exportada por portos de outros estados
A situação precária das estradas do Paraná está afetando diretamente o agronegócio e prejudicando a economia do estado. A BR-277 é a principal via de escoamento da produção agrícola para o porto de Paranaguá, que é o segundo do país em movimentação. “Já existem várias cooperativas e traders que, em razão das más condições da estrada, têm optado por enviar suas cargas para outros portos, como o de São Francisco (SC) e o de Santos (SP)”, informa Ágide Meneguette, presidente da Federação da Agricultura do Paraná (Faep).
O Departamento Técnico e Econômico da entidade fez um cálculo e chegou ao valor de R$ 600 milhões que seria o gasto a mais, considerando apenas a logística da soja, caso o produto paranaense tenha que ser exportado pelo porto de Santos. O presidente da Federação lembra que, além da soja, o Paraná é o maior exportador de frango do país e o terceiro em carne suínas, cadeias que também são impactadas diretamente pelos problemas na BR-277.
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