Depois de atingir um novo recorde de movimentação em 2020, o Porto de Paranaguá, no litoral paranaense, trabalha para, pelo menos, manter o ritmo neste ano. Devem contribuir para isso os leilões de arrendamento previstos para serem realizados ainda no primeiro semestre, os quais vão garantir a modernização de algumas áreas do terminal. Entre elas, a PAR32, uma área de 6,6 mil metros quadrados que vai fortalecer um segmento em que o porto já se destaca, o de movimentação de açúcar ensacado.
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O Porto de Paranaguá é o segundo maior movimentador de açúcar do Brasil, ficando atrás apenas de Santos. No entanto, um diferencial faz com que o terminal paranaense seja protagonista nesse cenário: desde 2015 o Porto de Santos não movimenta açúcar ensacado, apenas em contêiner. Com isso, o complexo Paranaguá-Antonina se tornou o destino natural do produto, que tem seus principais exportadores no Oeste do estado de São Paulo.
Segundo o estudo de mercado feito pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) para o leilão da PAR32, o açúcar ensacado escoado pelo Porto de Paranaguá destina-se principalmente a países onde não existem refinarias ou cujos portos não dispõem de instalações para receber navios de maior porte. “Ou seja, no Porto de Paranaguá a movimentação do açúcar em contêiner não é um concorrente direto para o açúcar ensacado, no curto e médio prazo, visto que abordam mercados importadores distintos”, diz trecho do estudo.
As perspectivas são animadoras diante da retomada da exportação de açúcar no ano passado, após um 2019 com números negativos. Segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério da Economia, foram exportadas 30,79 milhões de toneladas de açúcar em 2020, o maior valor da série histórica iniciada em 2009. Em relação ao ano anterior, o crescimento foi de 72,1%.
O Porto de Paranaguá sentiu o reflexo desse crescimento. A movimentação de açúcar (em contêiner e ensacado) no terminal chegou a 4,8 milhões de toneladas, 82% a mais do que em 2019. Para especialistas, o crescimento das exportações foi motivado pela maior produção nacional, menor oferta em países concorrentes e o câmbio favorável.
A consulta para o leilão de arrendamento da PAR32, juntamente com o da PAR50, voltada para granéis líquidos, foi aberta no fim do ano passado e segue até o próximo dia 29. O total a ser investido nas duas áreas é de mais de R$ 367 milhões. O prazo de arrendamento da PAR32 é de 10 anos, podendo ser prorrogado.
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