O estudo para o novo pedágio do Paraná – que está sendo elaborado pelo governo federal e deve ser licitado no ano que vem, quando terminam os atuais contratos – propõe concentrar as obras a serem realizadas nas rodovias nos primeiros sete anos de concessão. Segundo Arthur Lima, diretor da Empresa de Planejamento e Logística (EPL), encarregada de elaborar a modelagem a ser avaliada pelo Ministério da Infraestrutura, uma das razões que levou à proposta de antecipar as obras foi buscar evitar que, por algum motivo, deixassem de ser feitas. “Precisamos aprender com os erros do passado. Uma das principais reclamações que recebemos dos motoristas foi a de obras não feitas”, explica.
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Por isso, a modelagem previu um ciclo de investimentos de sete anos, no início dos 30 anos de concessão. Essa decisão impacta no preço da tarifa. Quanto mais cedo são os gastos, mais caros são. É que no começo dos contratos as empresas ainda não estão capitalizadas (não arrecadaram muito) e aí precisam captar o dinheiro, seja por meio de financiamentos ou de investidores. Quando as despesas mais volumosas são diluídas ao longo da concessão, menos impactantes ficam no valor da tarifa.
E não são poucas as obras previstas para o novo pedágio do Paraná. Só em duplicações de rodovias são 2,4 mil quilômetros, o que significaria mais do que dobrar a quantidade existente, que atualmente é de 1,2 mil quilômetros. Também estão sendo pensados ao menos 14 contornos em cidades. Caso a proposta seja efetivada, o estado deve virar um canteiro de obras, comenta Lima, destacando a quantidade de obras a serem realizadas.
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