Equipamentos do novo sistema de radares de Curitiba instalados em quatro pontos da capital que não possuíam antes esse tipo de aferição autuaram nos 20 primeiros dias de funcionamento 10.804 veículos, o equivalente a 540 infrações a cada 24 horas.
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Segundo a Superintendência de Trânsito (Setran), esse número representa 0,59% do total de veículos que passaram pelos novos equipamentos de fiscalização eletrônica instalados nas ruas Nilo Peçanha, Almirante Tamandaré e São João e na avenida Prefeito Maurício Fruet. Esses novos radares entraram em operação no início de maio. O índice é quase o triplo da média de autuações sobre a frota circulante de carros na cidade.
A Setran informou que as infrações registradas pelos demais equipamentos instalados recentemente estão sendo processadas e ainda não foram encaminhadas aos cidadãos. Excetuando o da rua São João, onde o limite é de 60 km/h, os novos radares que tiveram dados informados fiscalizam o novo padrão curitibano de limite de velocidade até 50 km/h, que está sendo adotado em 94% das vias da capital. De acordo com a superintendência, os novos radares têm um laço virtual e pegam todo o pavimento, ao contrário dos equipamentos anteriores, que possuíam laços fixados no asfalto.
Após instalados, os equipamentos são aferidos pelo Instituto de Pesos e Medidas (Ipem). Quando são habilitados, a Setran tem que informar no mínimo três dias antes que os novos radares, já sinalizados, começarão a fazer medições e autuações.
Ao todo, novos equipamentos estão sendo instalados em quase 200 locais na capital, abrangendo 804 faixas. Parte está sendo colocada em pontos que antes não possuíam radares e outros em locais que já tinham equipamentos. “Alguns pontos antigos terão novos radares, mas parte deles poderá ter outro tipo de dispositivo (para redução de velocidade), como faixas elevadas ou lombadas”, explica a superintendente de Trânsito, Rosangela Battistella.
Ela afirma que o patamar de 0,59% de veículos autuados nos novos pontos com radares é considerado elevado. “É até justificável, por serem pontos novos e as pessoas ainda não saberem. Porém, há placas grandes e pequenas nas proximidades desses radares e também legendas no pavimento informando a velocidade máxima”, pondera a superintendente.
“Quando se fala em 0,59%, parece pouco, mas consideramos um patamar alto porque o índice geral de autuações de trânsito em Curitiba, considerando outros tipos de infração além de excesso de velocidade, como estacionar em lugar proibido ou sem crédito, é de 0,20%”, diz Battistella, que acrescenta, porém, que a tendência é o índice cair: “Por ser um laço virtual, a pessoa tende a diminuir e manter a velocidade pela pista como um todo”.
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