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Operação da PF mirou célula do PCC no oeste do Paraná.
Operação da PF mirou célula do PCC no oeste do Paraná.| Foto: Divulgação/Polícia Federal

Em duas ações distintas, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e a Polícia Federal (PF) deflagraram duas ações de enfrentamento ao crime organizado na região oeste do Paraná. A base das atuações policiais foi Cascavel, cidade que fica 125 quilômetros distante da fronteira com o Paraguai. É a maior cidade da região e a preferida por criminosos para articulação e suporte a ilegalidades transfronteiriças.

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O município de Cascavel e seu entorno também passaram a ser moradas de pessoas ligadas às maiores facções brasileiras, porque a menos de 70 quilômetros dali está o presídio federal de segurança máxima de Catanduvas, onde estão custodiados alguns dos principais líderes do Primeiro Comando da Capital (PCC) e do Comando Vermelho (CV).

Na manhã desta sexta-feira (1º), a PF atacou uma célula do PCC que estava concentrada em Cafelândia, cidade que fica a 50 quilômetros de Cascavel. A operação contou com o apoio da Agência de Inteligência do 5º do Comando Regional da Polícia Militar do Paraná. Chamada de Apeatã, a operação teve como alvo membros da facção que seriam responsáveis por uma série de assassinatos na disputa pelo controle do tráfico de drogas. “Cerca de 60 policiais federais, com apoio da Polícia Militar do Paraná, cumpriram três mandados de prisão preventiva e outros oito de busca e apreensão, sendo sete em Cafelândia e um em Foz do Iguaçu”, informou a PF.

Ainda de acordo com a PF, os suspeitos praticavam atos alusivos ao chamado tribunal do crime, uma espécie de julgamento paralelo determinado pela facção, com tortura e castigos físicos a pessoas que descumprem regras do grupo ou sejam de facção rival. “Também se apurou que seus familiares costumavam alertá-los acerca da presença de integrantes das forças de segurança pública na região”, completa a polícia. Durante o cumprimento dos mandados foram apreendidas armas, munições, inclusive de grosso calibre, e drogas.

Carga de cocaína avaliada em R$ 20 milhões é apreendida na BR-277

Em outra ação, realizada na tarde de quinta-feira (30), foram apreendidos 109 quilos de cocaína, em atuação conjunta entre a PRF, a Receita Federal e a Polícia Civil do Paraná. A carga é estimada em R$ 20 milhões.

Segundo informações da PRF, o carregamento estava escondido em um caminhão-guincho que trafegava pela BR-277, a principal rodovia que corta o Paraná, desde o oeste - na fronteira com Argentina e Paraguai - até o litoral, onde está localizado o Porto de Paranaguá.

O condutor não teria obedecido a uma ordem de parada e acabou fugindo. “Após denúncia anônima, ele foi encontrado com o caminhão em uma estrada rural, nas proximidades do Distrito São João (interior de Cascavel). O veículo foi levado à Unidade Operacional da PRF e o cão farejador da Polícia Civil apontou a presença de ilícitos na coluna central do mecanismo de guincho, porém, nada foi encontrado no dispositivo. Os policiais retornaram onde o motorista havia sido encontrado e, com o auxílio do cão farejador, localizaram a droga em meio a mata”, disse a PRF.

Segundo a polícia, a carga estava amarrada com um cinto e uma catraca que auxiliava na retirada do compartimento do caminhão. “O motorista admitiu que tirou o produto do guincho e guardou no mato enquanto se escondia no local. A esperança dele era ser solto e voltar para buscar a droga”, esclarece a polícia. O homem de 42 anos é morador de Foz do Iguaçu e não disse aos policiais para onde levaria o carregamento.

A BR-277 é a principal rota de escoamento de produtos ilegais que entram no Brasil, vindos do Paraguai. No caso da cocaína, a droga costumeiramente é retirada no país vizinho e viaja pela rodovia até chegar ao Porto de Paranaguá, de onde é escoada, clandestinamente, pelos navios para diversos cantos do mundo.

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