Uma operação conjunta da Polícia Federal, Marinha do Brasil, Receita Federal, Polícia Rodoviária Federal, Guarda Portuária, além das Polícias Civil e Militar do Paraná, apreendeu mais de 30 quilos de cocaína no Porto de Paranaguá. A ação, realizada na última segunda-feira (27), fez parte de duas operações de combate ao tráfico de drogas e armas em regiões de fronteira.
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De acordo com a Receita Federal, os pacotes com a droga estavam escondidos nos compartimentos dos motores de um contêiner refrigerado que vinha da República Dominicana, e que tinha passado antes pela Espanha. A hipótese mais provável, segundo a Receita, é que a droga tenha sido colocada no contêiner em algum país produtor de cocaína, porém por algum motivo não pôde ser retirada pelos traficantes na Espanha. O contêiner então seguiu para ser reutilizado com outras cargas e seu conteúdo ilícito não teria sido detectado na República Dominicana, sendo só encontrado na chegada ao Basil.
Operação foi realizada após ataques no RN e ameaças a autoridades
A apreensão foi realizada depois dos ataques de facções ligadas ao sistema prisional no Rio Grande do Norte e à divulgação de como o crime organizado pretendia atingir autoridades brasileiras. O senador Sérgio Moro (União Brasil-PR), como confirmou o ministro da Justiça Flávio Dino, era um dos alvos dos ataques.
Operações são fundamentais para combater o tráfico
Para o gerente da Guarda/Unidade Administrativa de Segurança Portuária do Porto de Paranaguá, César Kamakawa, esse tipo de operação é fundamental para coibir os ilícitos cometidos no transporte naval. “É de extrema importância, tendo em vista que o tráfico internacional se vale do modal portuário para alcançar outros continentes com a difusão de drogas, e a ideia de que aqui no Paraná isso seja combatido com o máximo de esforço de todas as instituições para que essas quadrilhas não atuem mais aqui”, comentou.
Para Kamakawa, combater o tráfico no porto também ajuda a melhorar a segurança na cidade de Paranaguá e também no Litoral. “O reflexo da criminalidade recai sobre a própria cidade e demais municípios do Litoral porque são pessoas que provocam outras modalidades de crime como furto, roubo e o mais grave deles que são os homicídios”, finalizou.
Operações Ágata e Trigger
O delegado da Polícia Federal, Bruno Bassani Rebelo, confirmou que são duas as operações deflagradas em várias partes do Brasil. “A Operação Ágata, que tem a finalidade de combater o tráfico de drogas, e a Operação Trigger, que é fomentada pela Interpol e tem o objetivo o combate ao tráfico internacional de armas de fogo. As duas operações, além de coibirem esses crimes que ocorrem em áreas fronteiriças também tem por finalidade a integração as forças de segurança públicas”, explicou.
De acordo com Bassani, a prevenção também é uma característica das operações. “A presença ostensiva dessas forças públicas certamente preveniu e inibiu os criminosos de tentarem remeter drogas e armas de fogo por meio do Porto de Paranaguá porque a presença dessas forças esteve bem ostensiva nesses dias e a prevenção é uma característica importante dessa operação conjunta”, disse.
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