A Operação Lava Jato virou tema de uma série documental produzida pelo Movimento Curitiba Contra Corrupção. Com gravações em lugares marcantes da ação de combate à corrupção, a série irá contar as 79 fases da Lava Jato. A série já está sendo disponibilizada no canal do Youtube do produtores.
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O Movimento Curitiba Contra Corrupção completa 10 anos neste em 2023. Um livro sobre a história da organização foi escrito como forma de celebrar a data. Além da obra escrita, o movimento também decidiu retratar a Operação Lava Jato no documentário audiovisual.
De acordo com o fundador e coordenador do movimento, Cristiano Rogério Pereira, a organização teve início durante as manifestações de 2013, favoráveis ao impeachment de Dilma Rousseff (PT), e ganhou força em ações de apoio à Lava Jato. O Curitiba Contra Corrupção, segundo seus fundadores, é um movimento da “direita lavajatista”, e por ter acompanhado a operação desde o começo trouxe farto material para a série documental, que conta a história por trás das fases da maior operação anticorrupção do país.
“Decidimos fazer esse documentário contando a Lava Jato. Somos testemunhas oculares da Lava Jato, pois a acompanhamos desde o início. Esse documentário visa contar as fases e pegar alguns depoimentos”, diz Cristiano.
Ex-deputado federal e ex coordenador da Lava Jato participou do documentário
A série documental está sendo gravada em três locais marcantes da Operação: a sede do Ministério Público Federal, a Justiça Federal (13ª Vara em Curitiba) e a sede da Polícia Federal. A expectativa da organização do projeto é produzir 85 episódios.
Além de vídeos contando as 79 fases da Operação Lava Jato, a série terá detalhes sobre a prisão do atual presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), além de detalhes sobre outros detidos e sobre os recursos desviados e recuperados pela força-tarefa.
Entre as pessoas que já contribuíram com o documentário e forneceram depoimentos estão Deltan Dallagnol, ex-coordenador da Operação Lava Jato em Curitiba, e Carlos Fernando dos Santos Lima, ex-membro da Força Tarefa Lava Jato. O senador pelo União Brasil do Paraná, Sergio Moro, foi convidado mas ainda não confirmou presença no documentário.
“O trabalho é contar a história de algo que aconteceu e que, atualmente, está sendo criticado e julgado. Várias narrativas foram criadas sobre a operação. Eu estou fazendo uma narrativa histórica, sem entrar no mérito se hoje tal pessoa está presa ou não. Mas conto o que aconteceu naquele período em específico”, afirma o coordenador do Movimento Curitiba Contra Corrupção. “Somos uma testemunha ocular”, complementa.
Para fundador do movimento, Operação Lava Jato deixou um legado
A Operação Lava Jato foi a maior operação anticorrupção da história do Brasil. O conjunto de ações desencadeadas via força-tarefa prendeu políticos e executivos de empreiteiras. A ação recuperou mais de R$ 4 bilhões em 5 anos de trabalho. Contudo, vem sendo alvo de desmonte desde 2019 em várias frentes, que incluem desde a Procuradoria-Geral da República até o Supremo Tribunal Federal (STF).
Para Pereira, o tema central da operação, e por consequência do documentário, ainda é muito relevante para a sociedade, apesar dos inúmeros ataques que a Lava Jato vem sofrendo.
“Eu falo sobre o legado da Lava Jato. Hoje se vê prefeituras e governos fazendo políticas de compliance, isso é um legado da Lava Jato. Se a gente vê hoje políticas de integridade dentro da gestão pública, isso é legado da operação”, ressalta.
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