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Amostras do material apreendido passarão por análises para determinar se havia adulteração nos fertilizantes
Amostras do material apreendido passarão por análises para determinar se havia adulteração nos fertilizantes| Foto: Divulgação / PCPR

A Polícia Civil do Paraná deflagrou nesta terça-feira (19) uma operação policial de combate ao comércio ilegal de fertilizantes em Colombo, na Região Metropolitana de Curitiba. A investigação, feita em parceria com servidores do Instituto Água e Terra (IAT), do Ministério da Agricultura e da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), levou à prisão dos donos de uma empresa que comercializavam fertilizantes sem autorização dos órgãos ambientais e com indícios de adulteração.

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Em entrevista por telefone à Gazeta do Povo, o delegado Guilherme Dias, da Delegacia de Proteção Ambiental da Polícia Civil, confirmou que no momento da prisão foram apreendidas 193 toneladas de fertilizante. O estoque tem valor de mercado estimado em um milhão de reais. As investigações apontaram que o local comercializava, em média, 60 toneladas do produto por dia. Os proprietários do estabelecimento foram presos em flagrante por crimes ambientais e contra as relações de consumo.

De acordo com Dias, amostras do material apreendido passarão por análises para identificar se o produto era realmente fertilizante. “Pode acontecer de esse produto na verdade ser qualquer outra coisa fracionada na mesma forma de bolinhas como os fertilizantes são vendidos. Se for um material estranho, temos que saber do que se trata até para poder estimar os potenciais danos ambientais que podem ter sido causados”, afirmou.

O delegado alertou que o processo de tingimento de pedras moídas com óleo usado de motor é uma das formas usadas para enganar os consumidores. Mas, além do prejuízo financeiro causado para quem compra um fertilizante adulterado, os produtos usados na fraude podem contaminar o solo.

“O comércio de fertilizantes adulterados infelizmente é muito grande no Brasil, principalmente por causa do grande valor agregado”, alertou. “Quem compra esse tipo de produto acaba pagando mais barato, porque o custo de produção desse adubo falso é praticamente zero. Só que com essa economia pode vir uma contaminação de solo com materiais desconhecidos”, concluiu o delegado.

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