A Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp) confirmou que as amostras de fragmentos usadas para identificar o corpo de Leandro Bossi, desaparecido no ano de 1992, são de ossada encontrada em Guaratuba, no litoral, e que estavam com a Polícia Científica do Paraná desde a época do crime. Na década de 90, o laudo pericial apontou que o corpo seria de uma menina.
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As informações foram confirmadas pelo secretário da Sesp, Wagner Mesquita, à RPC. Na coletiva de imprensa concedida por Mesquita na sexta-feira (10) e acompanhada pela Gazeta do Povo, essa informação não havia sido repassada.
O desaparecimento de Leandro ocorreu em Guaratuba, mesma cidade e dois meses antes do sumiço de outro menino por lá, Evandro Ramos Caetano.
Relembre a cronologia do Caso Evandro aqui.
O que mudou agora no caso Leandro Bossi?
Segundo o secretário de Segurança Pública, com a tecnologia disponível na década de 90, um exame de DNA havia sido elaborado por um laboratório privado de Minas Gerais, apontando que se tratava do corpo de uma menina. A ossada havia sido encontrada por algumas crianças em um matagal, em Guaratuba.
Trinta anos depois, em meio à adesão a um programa nacional de identificação de vítimas e de autores de crimes, a Polícia Científica do Paraná refez o exame da mesma ossada, que continuava armazenada pelo órgão, cruzando com material genético de mães de oito crianças desaparecidas. Uma dessas amostras deu resultado 99,9% compatível com a mãe de Leandro Bossi.
“Agora estamos contradizendo esse resultado [o da década de 1990], com um exame muito mais moderno, que só está disponível agora”, declarou Mesquita à RPC, por telefone. Com a revelação, a Polícia Civil reaviva um dos casos mais polêmicos da cena criminal do estado e deve se debruçar para esclarecer perguntas fundamentais que continuam sendo um enigma: qual a motivação e quem são os responsáveis pela morte de Leandro Bossi.
“As circunstâncias da morte do Leandro Bossi, como autoria e materialidade, são objeto de investigação de um inquérito policial que está arquivado há décadas pelo Ministério Público de Guaratuba. Nos próximos momentos, a Polícia Civil poderá solicitar cópia desse inquérito e verificar de que forma as novas provas podem impactar, então em uma nova apuração”, explicou Mesquita à RPC.
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