Os moradores de uma cidade na região Central do Paraná estavam relativamente tranquilos – sem nenhum caso de novo coronavírus na localidade e também num raio de 100 quilômetros – até que se espalhou a notícia de que o governo do Paraná pretende mandar para o município presos com suspeita de Covid-19. Palmital, que tem 15 mil habitantes, nenhum hospital nem presídio, entrou em alvoroço.
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O ofício chegou para a juíza local, que prontamente despachou alegando, com base em informações de outras autoridades, como o delegado, que a cidade não tem condições de receber presos doentes. Quem conta a história é a procuradora-geral do município, Araceli Daiana Aguiar Bonassoli. Ela afirma que várias medidas estão sendo tomadas para evitar a chegada dos detentos supostamente contaminados. Até um projeto de lei em caráter de urgência passou a ser elaborado.
Araceli comenta que a cidade conta apenas com uma delegacia, com carceragem improvisada. A proposta seria transferir os cerca de 20 presos para outro município e passar a abrigar apenas presidiários doentes, vindos principalmente de Guarapuava, que fica a 135 quilômetros de distância. A procuradora consultou o plano de ação do Departamento Penitenciário do Paraná (Depen-PR) e declara que consta no documento que a cidade de referência para receber presos na região seria Pitanga, que fica a 72 quilômetros de Palmital.
“A cidade ficou em polvorosa”, comenta. “A informação foi disseminada muito rapidamente e começaram as reações”, acrescenta. Segundo Araceli, a população teme que a chegada dos presos possa espalhar o vírus pela cidade, além de questionar a falta de estrutura pública para lidar com a situação. De acordo com a procuradora, mesmo sem nenhum caso da doença, vários cuidados estão sendo tomados, como distribuição e uso de máscaras, além de restrições nos comércios.
Procurado, o Depen-PR não se manifestou até a publicação desta reportagem.
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