O ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes voltou a criticar a Lava Jato e disse que o comando da operação foi deixado nas mãos de pessoas “microcéfalas” e com “cérebro de minhoca”. As declarações foram dadas em uma entrevista à Carta Capital publicada nesta sexta-feira (12).
Para o ministro, o Brasil avançou do ponto de vista institucional a partir do fim da operação. Segundo Mendes, o país não deve permitir que “os abusos cometidos pelos procuradores” se repitam. Em sua avaliação, o decano do STF aponta que o período da Lava Jato ficará marcado na história brasileira como “uma quadra obscura”, no qual se deu poder “a uma gente muito chinfrim”.
Mendes fez novas declarações contra Sergio Moro, ex-juiz federal e senador pelo União Brasil no Paraná. Para o ministro, Moro teve atuação política na condução da Lava Jato. “Tanto é que ele foi chamado entre o primeiro e o segundo turno para ser ministro da Justiça de Bolsonaro. E foi algo positivo, porque ali se revelou o tamanho de sua incompetência”, disse.
Gilmar Mendes revelou ser chamado de "profeta" por ser crítico à Lava Jato
Ele disse ter um “bom sentimento” por ter sido uma das primeiras vozes críticas à operação e revelou ter sido chamado de “profeta” na corte, o que chamou de “fama injusta”. O ministro elogiou o trabalho de “correção” feito pelo STF junto à Lava Jato.
“Fazendo coisas erradas, não vai ter resultado certo. Era perceptível que isso iria ocorrer como ocorreu. Infelizmente durou tanto e custou tanto à integridade das empresas e até a própria economia brasileira se ressente disso. Com a Vaza Jato, a Operação Spoofing, a gente descobriu e chancelou aquilo que eu já havia denunciado, sobre os abusos entre promotores e juízes”, disse.
O ministro seguiu dizendo que a imprensa “valorou” muito o trabalho da 13ª Vara da Justiça Federal de Curitiba, onde a Lava Jato era coordenada. Por outro lado, disse Mendes, as intervenções feitas pelo STF na operação receberam críticas.
“Acho que é um fato constrangedor pra tanta gente que se declarou lava jatista, que, a despeito da ousadia que essa gente tenha, eles tinham cérebro de minhoca, e era realmente certa vergonha que deixamos que esses microcéfalos nos dirigissem por tanto tempo”.
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