A rede de educação pública estadual do Paraná tem 520 mil estudantes cursando programação, uma das apostas do governo Ratinho Junior (PSD) para o desenvolvimento da área. Os investimentos em programação e também em robótica na educação tiveram início em 2019 e se multiplicaram, hoje com incentivo para que os alunos participem de competições e desafios.
A ênfase da educação pública paranaense em programação foi um dos assuntos em destaque debatidos no summit "Paraná que educa", evento realizado pela Gazeta do Povo em parceria com o Executivo estadual, na última terça-feira (10), em Curitiba.
"Começamos em 2019 com o programa Edutech, tivemos uma adaptação em 2020 em função da pandemia e, em 2021, com o retorno ao presencial, incluímos a unidade curricular Programação de Tecnologia Computacional na escolas em tempo integral", explicou o diretor de Educação na secretaria estadual, Anderfábio do Santos.
Em 2023 e 2024, as disciplinas relacionadas à programação chegaram para os 8º e 9º ano em toda a rede, além de cursos técnicos e também aos 6º e 7º ano nas escolas cívico-militares. Na avaliação de Santos, um dos grandes diferenciais do aprendizado dessa disciplina é que os alunos são incentivados a participar de concursos, como é o caso do "Agrinho Programação", competição realizada em parceria com o Senar (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural).
Ensino de robótica chega a 1,6 mil escolas estaduais e rende prêmio aos alunos
Já o ensino da robótica é uma realidade para mais de 1,6 mil escolas estaduais do Paraná. O projeto teve início em 2021, com a entrega de pouco mais de 2.570 kits a 277 escolas, com 200 professores aptos a ensinar a disciplina. Hoje, 1.688 colégios da rede estadual ensinam robótica e o que, no início, era exclusividade de turmas de ensino médio agora chegou ao ensino fundamental.
"Nosso diferencial é que criamos o material didático, envolvemos os professores e já ganhamos a edição 2023 do projeto Agrinho com uma turma de robótica da rede estadual", conta Cláudio Oliveira, diretor de Tecnologia e Inovação da Secretaria da Educação do Paraná.
Para o próximo ano, a expectativa é consolidar a aprendizagem de tecnologias em toda a rede estadual, unificar as aulas de programação e robótica e expandir o aprendizado para os estudantes do ensino fundamental II nas escolas em tempo integral e também para os colégios cívico-militares.
Programação que capacita para ser criador e não mero consumidor
O encerramento do summit Paraná que Educa ficou a cargo de Guilherme Silveira, cofundador da Alura, plataforma que atua em parceria com o governo paranaense e auxilia o ensino de programação dos estudantes da rede estadual. "Sempre ouvimos que os jovens são nativos digitais. Sim, eles são, mas a maioria também é apenas consumidora digital, sem pensamento crítico; nosso objetivo é que eles sejam criadores de tecnologias", afirmou Silveira.
Ele ainda destaca que a Alura acompanha todo o processo: da formação dos professores ao suporte, quando necessário, pois avalia que é preciso acompanhar as mudanças e todo o processo de ensino de programação nas escolas.
Prestigiaram o evento da Gazeta do Povo em parceria com o governo do Paraná o chefe do Executivo estadual, Ratinho Junior (PSD) e o vice-governador Darci Piana; o ex-governador e secretário do Codesul pelo Paraná, Orlando Pessuti; o diretor-presidente do Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar), Celso Kloss; o presidente do Sistema Ocepar, José Roberto Ricken; e o presidente do Movimento Pró-Paraná, Marcos Domakoski.
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