A Secretaria Estadual de Educação do Paraná (Seed) divulgou, na última quarta-feira (14), as empresas habilitadas no “Projeto Parceiro nas Escolas”. Os grupos Apogeu e Decisão foram habilitados no projeto, e devem ser os responsáveis pela gestão administrativa dos colégios estaduais Anita Canet, em São José dos Pinhais, e Aníbal Khury Neto, em Curitiba, respectivamente.
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À Gazeta do Povo, a Seed confirmou, por meio de assessoria de imprensa, que ambas as redes de escolas privadas contam com projetos filantrópicos. Nos próximos dias, representantes das empresas participarão de uma reunião com a secretaria para que sejam elaboradas as propostas de gestão, com foco nas especificidades de cada uma das escolas estaduais participantes do projeto.
Rede Apogeu
A Rede de Ensino Apogeu tem 21 anos de fundação e atende a cerca de 8 mil alunos em turmas que vão do ensino infantil ao pré-vestibular. Um dos destaques do grupo são as turmas específicas pré-militar, que oferecem formação voltada para a aprovação escolas EPCAR, EsPCEx, Colégio Naval, Escola Naval, AFA, EEAr, ESA, EFOMM, ITA e IME. São, ao todo, 23 unidades da Rede Apogeu nos estados de Minas Gerais e Rio de Janeiro. A média das notas dessas escolas no Enem, informou a Seed, é de 614,98.
Rede Decisão
A Rede Decisão foi fundada na década de 1980, em São Paulo, e conta com cerca de 8,4 mil alunos matriculados em suas turmas de ensino infantil, fundamental e médio. Como parte da formação bilíngue, a rede oferece às turmas do 8º ano do Ensino Fundamental e do 3º ano do Ensino Médio a possibilidade de intercâmbio. O programa Vivência Internacional oferece curso, material e certificado internacional em escola reconhecida de Londres. São ao todo 16 unidades em São Paulo e Minas Gerais. As escolas da Rede Decisão têm, segundo a Seed, média 578,14 no Enem.
Objetivo do programa é trazer qualidade de ensino
O objetivo do programa Parceiro na Escola, operacionalizado por meio do Paraná Educação, é trazer mais qualidade de ensino para os alunos dessas escolas, uma vez que deixará a parte gerencial e administrativa para a empresa parceira.
Entre as metas está o combate direto à evasão escolar, melhorias na infraestrutura das escolas e a promoção do desenvolvimento e acompanhamento acadêmico e pessoal de alunos e professores. A direção da escola e a equipe pedagógica, tendo a empresa parceira na retaguarda, ficarão focadas no processo ensino-aprendizagem, onde não haverá influência da empresa parceira, garante a Seed.
Ao todo, 27 escolas públicas do Estado participaram da consulta pública para definirem pela adoção do novo modelo de gestão administrativa compartilhada com a iniciativa privada, aprovada em apenas duas. Em 25 delas o projeto não será implantado, seja pela falta de quórum mínimo na votação, seja pela maioria de votos rejeitando a proposta.
Projeto não é terceirização, garante secretaria
À reportagem, a Seed reforçou que não se trata de uma terceirização, uma vez que apenas o lado gerencial das escolas será concedido à iniciativa privada. O ensino nessas escolas continuará sendo gratuito e as empresas parceiras são proibidas de cobrarem qualquer tipo de taxa ou contribuição dos alunos ou de suas famílias. A grade curricular, a formação e a certificação seguem sendo de responsabilidade da Seed, e testes periódicos serão aplicados aos estudantes como forma de mensurar a eficácia da parceria.
“Nós já oferecemos uma série de apoios às escolas na parte gerencial e vamos oferecer mais. O programa Parceiro da Escola é uma dessas iniciativas. É um apoio pontual, especializado, oferecido por organizações de excelência, para a nossa rede pública de ensino. Cada escola é um mundo. E cada escola precisa de um tipo específico de apoio gerencial para que possa focar no que realmente importa: a aprendizagem dos estudantes”, disse o secretário estadual de Educação do Paraná, Rento Feder, em entrevista à Gazeta do Povo.
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