Com perdas estimadas em 1/3 de toda a produção de trigo em 2019, o Paraná corre o risco de perder a liderança nacional no setor. Os impactos meteorológicos no cultivo do grão podem fazer com que o estado, depois de seis anos consecutivos, seja ultrapassado pelo Rio Grande do Sul.
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Segundo o Departamento de Economia Rural da Secretaria de Agricultura do Paraná (Deral) a estimativa de 3,4 milhões de toneladas (prevista no início do ano) está longe de se confirmar. O último levantamento do Deral, divulgado nesta quinta-feira (21) aponta para um potencial de produção de 2,13 milhões - menor do que a previsão anterior, que era de 2,25 milhões.
Enquanto isso, o Rio Grande do Sul, estado tradicionalmente medalha de prata em produção de trigo, mantém as expectativas de colheita. Segundo dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a safra gaúcha deve alcançar 2,2 milhões de toneladas.
Olhando para a linha do tempo, o ano de 2019 pode ser um marco ainda mais negativo para o Paraná. Quando se analisam os últimos 40 anos, o estado só perdeu a liderança em quatro ocasiões: 1981, 2000, 2011 e 2013.
O principal problema enfrentado pelo produtor paranaense em 2019 foi a escassez de chuva. O período que compreende os meses de julho a setembro foi bastante seco. Além disso, as geadas de junho e julho também trouxeram perdas de produção.
Para o analista de trigo do Departamento de Economia Rural, Carlos Hugo Godinho, ficar atrás do estado gaúcho não é o problema. O maior pesar é que o Paraná perdeu mais de 30% da produção neste ano. “É a terceira safra seguida em que a gente não consegue colher produção cheia”, avalia.
Apesar do cenário de perda, o preço do trigo se manteve estável. “Ainda não está abaixo do custo (de produção), mas também não está acima, praticamente empatou”, pontua Godinho.
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