Um ofício entregue pelo governo do Paraná ao Ministério da Saúde cobra, entre outras coisas, mais doses da vacina contra a Covid-19 para o grupo dos trabalhadores da saúde. De acordo com o documento, levado a Brasília nesta quarta-feira (28) por representantes da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), há uma defasagem de 78.400 doses que deveriam ser aplicadas nos trabalhadores de saúde, que é o primeiro subgrupo da fila da vacina, dentro do grupo prioritário. "A recomposição é necessária, pois tivemos aumento de serviços neste período do enfrentamento da Covid-19. Logo, a situação de trabalhadores atuando também aumentou", disse o diretor-geral da Sesa, Nestor Werner Júnior.
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Na semana passada, o diretor-geral da Sesa já havia mencionado o problema durante sua fala na reunião da Frente Parlamentar do Coronavírus, da Assembleia Legislativa. Na ocasião, ele explicava que havia um subdimensionamento no plano de vacinação, em relação às estimativas populacionais que o Ministério da Saúde utiliza no momento de definir quantas doses serão encaminhadas para cada estado brasileiro.
“Na primeira edição do plano nacional, o Paraná tinha estimado 272 mil pessoas no grupo da saúde. Na segunda edição, que foi revisada a pedido do próprio estado do Paraná, o grupo passou para 303 mil. E agora a gente está brigando para incluir mais 40 mil ou 50 mil pessoas, que é o quantitativo de demanda que a gente tem recebido dos municípios. O grupo dos trabalhadores da saúde aumentou durante a pandemia. O segmento da saúde teve um aporte. Então estimamos que sejam 340, 350 mil pessoas, e estamos lutando para que haja a recomposição das doses das vacinas”, explicou ele, na reunião com os deputados estaduais.
No início do mês, a prefeitura de Curitiba já havia contestado publicamente a estimativa feita pelo Ministério da Saúde. Enquanto o governo federal apontava 60.332 trabalhadores da saúde em Curitiba, a prefeitura alertava para outra estimativa, com quase 30 mil pessoas a mais: seriam 89.801 pessoas no total.
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