O estado do Paraná decretou, na quarta-feira (26), situação de emergência fitossanitária para combater o greening, considerado como principal praga que afeta os citros no mundo. Apesar de não haver cura conhecida para a doença, a erradicação das plantas contaminadas e boas práticas de controle são alternativas recomendadas. De acordo com o governo estadual, o objetivo do decreto é ter mais mobilidade, com possibilidade de agir com rapidez e efetividade para o controle da doença.
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O greening dos citros é uma praga relevante devido à severidade, rápida disseminação e dificuldades de controle. A doença afeta plantas de praticamente todas as espécies cítricas, e é transmitida pelo psilídeo asiático dos citros Diaphorina citri Kuwayama. Provoca a queda prematura dos frutos, que resulta em redução da produção e pode levar à morte precoce da fruta. Além disso, resulta na mudança do sabor, diminuindo a qualidade e o valor comercial, tanto para consumo in natura como para processamento industrial.
Para Renato Blood, gerente de Sanidade Vegetal da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), a doença é a principal da cultura em todo o mundo e possui grande potencial para inviabilizar a citricultura no mundo inteiro. "Não é apenas no Paraná ou no Brasil, é em qualquer parte do planeta. O principal manejo da doença é feito através de um plantio de mudas sadias, fazer um controle eficiente do inseto que transmite a doença e erradicação de plantas sintomáticas", explica.
Área de produção em risco no Paraná com o greening
Blood relata que o inseto que dissemina a doença tem uma capacidade de voo muito longa, por quilômetros. É importante, segundo ele, que todo o ambiente ao redor da área de produção esteja isenta de plantas doentes. "Esse inseto vetor pode se alimentar de uma planta doente e transmitir a doença para o pomar também. O greening é uma doença sistêmica, que fica dentro da planta. A declaração da emergência, portanto, tem como objetivo trabalhar nessa erradicação", afirma.
Ele alerta para áreas nas regiões norte e noroeste do Paraná em risco com o greening. "O decreto caracteriza a erradicação de plantas hospedeiras em qualquer local. Dentro dessa área é comum encontrar plantas de limão cravo e esses limões deverão ser cortados. São plantas em áreas endêmicas da doença", sugere.
De acordo com a Secretaria de Agricultura e do Abastecimento do Paraná, a área ocupada pela citricultura no estado é de aproximadamente 29.200 hectares, sendo 20.700 hectares de laranjas, 7.000 de tangerinas e 1.500 hectares de lima ácida tahiti.
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