O estado do Paraná lidera no número de escolas cívico-militares no Brasil, com 206 colégios nesse modelo. O governo estadual decidiu permanecer com o programa, mesmo com a decisão do governo Lula de suspender o projeto. O Paraná enxerga com potencial o modelo cívico-militar e tem como prioridade, pois acredita que é uma ação que vem demonstrando resultados.
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Em entrevista à Gazeta do Povo, o secretário de Educação do Paraná, Roni Miranda, protestou contra boatos e mentiras, sem conhecimento, sobre o que é o colégio cívico-militar. “Criou-se um estigma, principalmente por parte de quem não conhece o programa, pois acham que é o militar que entra na sala e dá a aula. Isso não tem nada a ver”, explicou.
Miranda reiterou que os professores continuam dando aula. Os militares são monitores na escola, auxiliando na entrada e saída dos alunos, nos intervalos e na formação de filas. O currículo escolar também é o mesmo do ensino integral e regular. Mas, no colégio cívico-militar, são 6 aulas diárias e os alunos participam de um programa de reconhecimento que rende premiação pelo Conselho dos Professores.Os estudantes, no começo do ano, recebem créditos que podem ser perdidos ou somados, dependendo de suas atitudes.
Por exemplo, se o aluno ajudou um colega, pode ganhar bônus. Mas caso tenha jogado lixo no chão ou brigado com um colega, esse aluno perde pontos. O modelo também tem uma ação com representantes de sala de aula. “O estudante pode ser representante de turma, isso gera o senso de responsabilidade, de liderança e de corresponsabilidade pelo seu colega”, afirmou Miranda.
O secretário de Educação do Paraná desmentiu apontamentos de que o modelo é sinônimo de "militarização". “Às vezes, tem essas questões de mitos e lendas: ‘o militar vai entrar na sala e comandar’. Não existe isso. O currículo é o mesmo. Como é dito pelo governo federal, que 'são privilegiados', não são. Aluno de escola cívico-militar no Paraná não faz prova. A matrícula é pelo georreferenciamento”, explicou.
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