Pesquisa IPC Maps 2024 aponta que o consumo do Paraná em 2024 cresce acima do brasileiro.| Foto: Gerson Klaina/Arquivo Tribuna do Paraná
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O Paraná teve crescimento do consumo acima do brasileiro e se destacou no cenário econômico nacional. A informação é destacada pela pesquisa IPC Maps 2024, enviada com exclusividade para a Gazeta do Povo. O levantamento compila dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e da Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa (Abep), incluindo a expectativa do PIB para 2024.

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Comparado ao ano anterior, o estado do Paraná aumentou a participação no consumo nacional, de 6,55% em 2023, para 6,69% em 2024. “Quem não está habituado com esses números vai achar esse crescimento pequeno, mas são R$ 10 bilhões a mais no bolso da população paranaense”, diz Marcos Pazzini, responsável pelo IPC Maps, que é realizado há mais de 30 anos.

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O crescimento econômico do Paraná também se refletiu na ascensão das classes A, B e C. Segundo o IPC Maps 2024, o estado registrou um aumento significativo no número de domicílios nessas classes, sendo 2.586 na classe A, 40.541 na classe B e 92.655 na classe C.

Essa variação positiva elevou o potencial de consumo do estado, mostrando uma melhoria nas condições de vida e no poder de compra da população. Apesar do crescimento, o Paraná manteve posição como o 5º maior estado em termos de consumo, tanto em 2023 quanto em 2024, em relação ao restante do país.

Número de empresas criadas ultrapassa a média nacional e deve impulsionar consumo

O número de empresas no Paraná cresceu 10,3%, acima da média nacional de 8,1%, passando de 1,5 milhão de CNPJs em abril de 2023 para 1,7 milhão em abril de 2024. “Esse número é importante porque o consumo das famílias depende de renda, renda depende de emprego e emprego, obviamente, depende de empresas. Quando se tem mais empresas, mesmo que sejam mais MEIs, há uma condição de trabalho melhor. A tendência é que o crescimento da participação do consumo do Paraná continue nos próximos anos”, explica o responsável pelo levantamento.

Os setores que mais contribuíram para esse crescimento empresarial foram, em primeiro lugar, serviços, com 111.238 novas empresas (alta de 12,7%); em seguida agronegócio, com 2.166 novas empresas (15,6%); indústria, com 27.155 empresas (9,2%); e comércio, com 19.637 (5,4%).

Grande parte das empresas criadas vem do registro de trabalhadores informais. “É um número positivo, mesmo que seja sustentado por abertura de Microempreendedores Individuais (MEIs), pois são trabalhadores informais que estão se regularizando, vão passar a pagar impostos, ter direitos”, diz Pazzini.

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Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]