O Paraná está distante de cumprir a meta de vacinação infantil para o ano de 2020. Com o objetivo de vacinar 95% das crianças de 0 a 2 anos, o estado imunizou, até agora, em média, 71% das crianças, com as oito vacinas obrigatórias e gratuitas para a faixa etária. Diante deste cenário, a Secretaria de Estado da Saúde aproveitará a campanha de vacinação contra a Poliomielite, entre 5 e 30 de outubro, para fazer uma grande campanha de multivacinação, aderindo à proposta do Ministério da Saúde.
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Na campanha, serão ofertadas 14 vacinas na Multivacinação para crianças e adolescentes menores de 15 anos, além da vacina contra a poliomielite (VOP) para crianças a partir de 12 meses e menores de cinco anos de idade. “Vamos transformar esse período em uma oportunidade de colocar efetivamente em dia a carteira de vacinação dessas crianças”, diz o secretário Beto Preto.
Das oito vacinas ofertadas a crianças menores de 2 anos, a com melhor cobertura, até o momento é a Pneumococica 10, que previne doenças como pneumonia, meningite e otite, e já foi aplicada em 76,26% do público alvo. A de pior cobertura é a de Febre Amarela, com 65.78%. A BCG, a primeira vacina que o bebê recebe, dias após nascer, só foi aplicada em 68,22% dos recém-nascidos. “É uma vacina que a criança recebe logo que nasce e, mesmo assim, 25 mil paranaenses que nasceram neste ano deixaram de tomar”, lamenta o secretário.
A meta de vacinação da poliomielite é atingir 95% de cobertura vacinal, considerando uma população estimada de 583.962 crianças a serem imunizadas no Paraná. A estratégia será indiscriminada na faixa de 12 meses a 4 anos, 11 meses e 29 dias de idade. No ano passado, o Estado registrou 88,4% de cobertura vacinal contra a pólio e, neste ano, até o momento, atinge cerca de 71%.
Entre as principais vacinas que constam na multivacinação está a meningo C, que protege contra a meningite do tipo C, e que no ano passado atingiu 91,23% de cobertura; a vacina tríplice viral, contra sarampo, caxumba e rubéola, que alcançou 90,57%; a vacina pneumocócica 10, que protege contra pneumonias, meningites e otites, chegou 90,82% de cobertura em 2019; a BCG, que imuniza contra a tuberculose, atingiu 88,66%; a rotavírus protege contra a diarreia e chegou a 89,23% da cobertura, além da pentavalente, contra a meningite, tétano, coqueluche, difteria e hepatite B, que alcançou em 2019 cerca de 78% de cobertura.
“Os índices de cobertura vacinal caíram em todo País nos últimos anos, colocando em alerta os profissionais da saúde. A erradicação de algumas doenças trouxe a falsa ideia do desaparecimento total e para sempre destes agravos. Tivemos no ano passado o exemplo do sarampo, que voltou a registrar casos aqui no Paraná depois de 20 anos sem ocorrências”, alertou a chefe do Programa Estadual de Imunização, Vera Rita da Maia. “A década foi muito difícil para a vacinação mundial. Em 2019, ao menos, conseguimos fazer o índice parar de cair. Mas, neste ano, com a pandemia, veio um novo desafio. As pessoas não querem ir a uma unidade de saúde, muitas unidade de saúde ainda reduziram o atendimento, os índices estão piores”, reforçou Beto Preto.
O secretário aponta, no entanto, a contradição de toda a população estar na espera pela vacina contra a Covid-19, mas esquecer de vacinar seus filhos contra as doenças para as quais já há imunização. “Não acredito que teremos resistência à vacina da Covid-19. A população vai aderir. Estamos todos acompanhando os mais de 150 grupos científicos que estão buscando essa solução. Mas, ao mesmo tempo, estamos deixando de tomar a vacina da tuberculose, do sarampo. Não dá para compreender”, criticou.
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