O Paraná é o 15º estado Brasileiro a superar mil mortes por Covid-19 nesta pandemia da doença causada pelo novo coronavírus. Quinto estado mais populoso do país, com 11,4 milhões, o Paraná segue assim com uma das menores mortalidades (8,9 mortes por 100 mil habitantes). Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e Santa Catarina têm mortalidade menor. O mais preocupante no estado, no entanto, é a situação recente da pandemia: 75% das mortes ocorreram nos últimos 30 dias e, enquanto em alguns estados, o número diário de mortes vem diminuindo, aqui, segue aumentando.
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A partir da primeira morte pela doença no estado, em 27 de março, foram 108 dias até a milésima morte, neste domingo (12 de julho). Foi o maior intervalo de tempo entre todos os estados que atingiram as mil mortes. São Paulo, por exemplo, chegou ao milésimo óbito em 34 dias, o Ceará, em 45. O Mato Grosso foi o segundo estado a levar mais tempo (101) dias.
Mas a curva recente do Paraná o aproxima de outros entes federados. Foram necessários apenas 18 dias para o dobrarmos de 500 para 100 mortes. Tempo igual ao do Maranhão, que levou apenas 64 para chegar as mil mortes e, hoje se aproxima de 2500 óbitos; e inferior aos dias que Alagoas (24 dias) e Paraíba (23) demoraram para saltar de 500 para mil mortes.
Mesmo assim, a velocidade de crescimento no número de óbitos, principal indicador utilizado pela epidemiologia para calcular a taxa de retransmissão do vírus, uma vez que o número de casos confirmados fica suscetível a distorções por conta da diferença na política de testagem de cada estado, indica que o Paraná, mesmo no momento considerável mais crítico da pandemia, não chegará, mantendo estes índices, à situação dos estados mais afetados pelo coronavírus. São Paulo foi de 500 para mil mortes em apenas nove dias; o Ceará, em oito dias e o Pará, em seis.
A taxa de retransmissão do vírus, calculada diariamente por professores do departamento de estatística da Universidade Federal, em projeto em parceria com a epidemiologia do Hospital de Clínicas de Curitiba está em 1,26 no Paraná, o que indica que cada 100 casos ativos têm potencial para contaminar outras 126 pessoas. O índice paranaense chegou a 1,63 em 16 de junho, quando o estado registrava saltos diários em casos e óbitos. Um índice abaixo de 1 aponta a redução no número de novos casos no estado. A média brasileira está em 1.01, revelando a tendência de estabilidade no crescimento das contaminações. Onze estados brasileiros estão com a taxa de retransmissão abaixo de 1.
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