O governo do Paraná apresentou ao Ministério da Saúde um pedido de antecipação da vacinação contra a Covid-19 dos trabalhadores da área da educação. O apelo foi feito pelo secretário estadual da Saúde, Beto Preto, a autoridades da pasta em Brasília, nesta quarta-feira (28). A ideia do governo do Paraná é que a imunização dos docentes e servidores aconteça simultaneamente à vacinação das pessoas com comorbidades, que são o próximo subgrupo na ordem da fila da vacina, logo após o subgrupo dos idosos (em etapa final). Pelo plano nacional de vacinação, ainda faltariam cinco subgrupos para chegar à vacinação dos trabalhadores da educação. No total, o grupo prioritário é formado por 28 subgrupos.
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"O Estado vem trabalhando com essa possibilidade. Temos seguido o Programa Nacional de Imunização, mas estamos pleiteando essa alteração junto ao Ministério. Entendemos que existe viabilidade para uma vacinação em paralelo", afirmou Beto Preto. Ele entregou um ofício ao secretário nacional de Vigilância em Saúde, Arnaldo Medeiros, reforçando o posicionamento do Paraná.
Beto Preto lembrou, ainda, que a vacinação do subgrupo das forças de segurança e salvamento já foi antecipada, por decisão do Ministério. "Precisamos de mais doses para que a gente avance rapidamente nos grupos prioritários. O próprio PNI antecipou essa cobertura para as forças de segurança. Da mesma forma, queremos que o governo federal envie doses para que a gente inicie a vacinação dos trabalhadores da educação o mais rápido possível", frisou o secretário.
É a primeira vez que o governo do Paraná faz o pedido ao Ministério de forma oficial. No final de março, o governador Carlos Massa Ratinho Junior (PSD) chegou a dizer durante uma entrevista que professores seriam vacinados logo após a imunização dos idosos. A fala, contudo, não encontrava amparo no plano nacional de vacinação. Na mesma ocasião, Ratinho Junior também disse que as aulas presenciais na rede pública estadual só voltariam após a vacinação dos professores. Nesta terça-feira (27), contudo, ele reconheceu que há possibilidade de retorno mesmo sem a vacinação dos profissionais da educação, se isso for uma decisão de diretores e professores de escolas localizadas em cidades onde a situação epidemiológica está "mais tranquila".
A agenda do secretário em Brasília dá sequência a um primeiro contato feito pelo governador Ratinho Junior com o ministro Marcelo Queiroga. Além da questão relacionada à antecipação da vacina dos trabalhadores da educação, o Paraná pleiteia a revisão dos quantitativos de doses enviadas com base em estimativas populacionais e agilidade na distribuição das vacinas.
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