Após um recesso escolar de 11 dias, as aulas retornam nesta quarta-feira (21) nas escolas estaduais do Paraná. Segundo a Secretaria de Estado da Educação e do Esporte (Seed), dos 2.117 colégios estaduais, aproximadamente 1,6 mil devem abrir as portas para aulas presenciais em formato híbrido (parte dos alunos em sala de aula e parte acompanhando pela internet).
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Segundo Roni Miranda Vieira, diretor de educação da Seed, o retorno com atividades presenciais só não será em 100% das instituições nesta quarta-feira porque 77 municípios ainda têm decretos vigentes que impedem a reabertura das escolas estaduais.
“A maioria dos decretos tem validade até dia 31, mas ainda temos resistência de alguns prefeitos. A Casa Civil tem feito uma articulação, mostrando que estamos seguindo todos os protocolos, uso de máscara, álcool em gel, treinamento de todos os funcionários”, explica Vieira, que aponta todos os cerca de 65 mil professores e servidores da rede estadual de ensino já foram vacinados contra a Covid-19 com pelo menos a primeira dose.
Outra dificuldade a ser superada é o retorno dos estudantes à sala de aula, já que a participação em atividades presenciais segue condicionada à autorização de pais ou responsáveis. Antes do recesso escolar, 1.161 escolas estaduais (55% da rede) já haviam retomado total ou parcialmente o ensino presencial no modelo híbrido. Esses colégios têm cerca de 600 mil estudantes matriculados, mas, segundo Vieira, apenas 77 mil estavam acompanhando as aulas presencialmente.
“É uma dificuldade muito grande que temos. Por isso, estamos fazendo uma campanha para que os alunos retornem para o presencial, principalmente os do ensino médio. Esses meninos e meninas estão muitas vezes ocupados com outras atividades, como trabalho e estágios, para complementar a renda familiar. É um desafio”, afirma o diretor.
Vieira diz que o comitê de volta às aulas deve analisar nos próximos dias se o comparecimento às aulas presenciais seguirá condicionado à autorização de pais ou responsáveis. “Se [o não comparecimento] for por uma coisa mais técnica, por exemplo, o estudante ter dificuldade de acesso, quem pudesse seria convocado a voltar. Mas temos que ver outras situações também: se o aluno mora com alguém com comorbidades ou alguém que ainda não foi vacinado, se tem transporte escolar acessível”, acrescenta o diretor, que relata que, a respeito desta última situação, a Seed depositou nesta semana uma cota extra aos municípios para o transporte escolar.
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