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Segundo o Ministério da Saúde, 4 milhões de pessoas ainda não receberam a primeira dose no Paraná e mais de 2,5 milhões não aplicaram a segunda
Segundo o Ministério da Saúde, 4 milhões de pessoas ainda não receberam a primeira dose de reforço no Paraná e mais de 2,5 milhões não aplicaram o segundo reforço| Foto: EFE/Nathalia Aguilar

Mais de 6,5 milhões de paranaenses não procuraram as unidades de saúde do estado para aplicar doses de reforço contra a Covid-19. Segundo o Ministério da Saúde, entre as doses de reforço, 4 milhões de pessoas ainda não receberam a primeira dose e mais de 2,5 milhões não retornaram aos postos para aplicação da segunda.

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Com isso, o Paraná é atualmente o estado da região Sul com maior atraso na procura pelos imunizantes e representa quase 10% do número total registrado no Brasil — 69 milhões de pessoas que não retornaram para tomar doses de reforço. O quadro preocupa o Ministério da Saúde, que ressalta a importância de completar o ciclo vacinal a fim de ampliar em mais de cinco vezes a proteção contra casos graves e óbitos pela Covid-19.

Segundo a pasta, a primeira dose de reforço é recomendada para pessoas com mais de 12 anos e deve ser administrada quatro meses após a vacinação básica. Já a segunda dose é indicada para a população acima de 40 anos ou que trabalhe na área da saúde, e também deve ser aplicada com intervalo de quatro meses da dose anterior.

Vale ressaltar que o esquema vacinal é diferente para quem tomou o imunizante da Janssen, com três reforços para pessoas a partir de 40 anos e dois para aqueles entre 18 e 39 anos. O primeiro reforço é aplicado dois meses após o início do ciclo e os outros devem obedecer ao intervalo de quatro meses.

Em Curitiba, há aumento nos casos de problemas respiratórios

A Secretaria da Saúde de Curitiba (SMS) também reforça a necessidade da vacinação. Segundo a pasta, entre os dias 6 e 12 de novembro foram registrados na cidade 12.364 atendimentos de pessoas com queixas respiratórias, o que equivale a 31% de aumento em relação à semana anterior e a 40% dos atendimentos realizados nas unidades de saúde atualmente.

“Pode parecer pouco, mas isso impacta no sistema de saúde porque é um número maior de pessoas procurando o serviço”, explica o médico Alcides Oliveira, diretor do Centro de Epidemiologia da SMS, ao orientar reforço nas medidas de prevenção, como o uso de máscara de proteção, já que esse aumento está associado, principalmente, à Influenza e à Covid-19.

Em Curitiba, a taxa de positividade dos exames para Covid subiu de 7,3% em outubro para 20,8% em novembro, e a média móvel de novos casos passou de 94 no dia 31 de outubro para 337 nesta quarta-feira (16). Ao todo, foram registrados 2.157 pacientes com a doença nos últimos sete dias e duas mortes: um homem de 90 anos e uma mulher de 63.

Menor gravidade, mas alta transmissibilidade de Covid-19

Segundo o médico da SMS, as novas variantes de Covid ainda não foram confirmadas no Paraná e apresentam taxa de gravidade bem menor que as anteriores. No entanto, a taxa de transmissibilidade ainda é alta. “Então, mais pessoas de grupos de risco como idosos e gestantes podem ter contato com a doença”, alerta.

Por isso, ele solicita colaboração dos curitibanos na adoção de medidas preventivas. “Incentivamos a vacinação contra a gripe e contra a Covid, e o autocuidado com uso de máscaras e a higienização frequente das mãos para proteger você e quem está no seu entorno”, orienta, ao solicitar ainda testagem de Covid-19 e isolamento de sete dias quando o resultado for positivo.

“E pedimos que não desvalorizem essa doença porque, ainda que os sintomas pareçam simples, pessoas têm sido reinfectadas várias vezes ao ano devido à chamada ‘Covid longa’ e isso pode ocasionar problemas cardíacos, renais, ósseos e de saúde mental”, aponta.

A boa notícia, segundo ele, é que a Covid tem circulado, em média, durante cinco semanas. “Então, tomando os cuidados necessários, veremos essa curva baixar antes das comemorações de Natal”, estima. Para mais informações a respeito do atendimento na cidade e relatos de sintomas respiratórios leves é possível entrar em contato com a Central Saúde Já pelo telefone (41) 3350-9000.

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