A soja em grão lidera a lista de produtos mais exportados pelo Paraná em 2024.| Foto: Cláudio Neves / Portos do Paraná
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A balança comercial internacional do Paraná fechou o ano de 2024 com o maior superávit entre os estados do Sul do país. O saldo, positivo em R$ 3,7 bilhões, foi o segundo melhor da série histórica, atrás apenas do resultado obtido em 2023. Os números fazem parte de um levantamento do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes) com base em dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).

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Enquanto importou cerca de US$19,6 bilhões de mercados estrangeiros, o Paraná obteve uma receita de US$23,3 bilhões em exportações. A China, com US$ 5,8 bilhões, foi maior mercado consumidor dos produtos exportados pelo Paraná. Na sequência aparecem os Estadus unidos (US$ 1,6 bilhão), Argentina (US$ 1,2 bilhão) e México (US$ 1 bilhão). Paraguai, Chile, Emirados Árabes Unidos, Peru, Holanda e Irã completam os 10 países para onde houve mais exportações paranaenses.

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Soja em grão e proteína animal in natura lideram exportações do Paraná

Commodities como soja em grão (US$ 5,3 bilhões), carde de frango in natura (US$ 3,9 bilhões), farelo de soja (US$ 1,5 bilhão) e açúcar bruto (US$ 1,3 bilhão) foram os produtos mais exportados pelo Paraná. Somados, representam 51% das vendas paranaenses para o exterior em 2024. Ainda no setor alimentar, foram destaque as exportações de carne suína in natura (US$ 404 milhões), café (US $326 milhões) e carne bovina in natura (US$ 124 milhões).

Houve aumento nas exportações de automóveis no ano de 2024. Em comparação com 2023, o volume de negociações foi 22,3% maior, com US$ 666 milhões no total. Madeira compensada ou contraplacada foram outros produtos com alta nas exportações de 20,7% comparado com o período anterior.

Maior volume de importações foi ligada ao agronegócio do Paraná

Do outro lado da balança, a China segue como a maior fornecedora de produtos para os importadores paranaenses com US$ 4,6 bilhões em vendas para o estado. Na sequência aparecem Rússia (US$ 2,1 bilhões), Estados Unidos (US$ 1,5 bilhão) e Argentina (US$ 1 bilhão).

O maior volume de importações se deu no setor de adubos e fertilizantes, com US$ 2,2 bilhões em compras. Para o Ipardes, uma explicação é o aumento da demanda pelo setor agropecuário paranaense. O agro, junto à indústria, ainda influenciou as importações de óleos e combustíveis (US$ 1,6 bilhão), produtos químicos orgânicos (US$ 1,2 bilhão) e autopeças (US$ 1,2 bilhão).

Estado colaborou com formação de reservas cambiais, diz presidente do Ipardes

Para Jorge Callado, presidente do Ipardes, o Paraná teve papel importante na geração de reservas cambiais em moeda estrangeira para o país. Esta colaboração se deu por meio de um maior volume de exportações em relação às importações. Desta forma, segundo ele, o estado ajuda a manter a estabilidade da economia brasileira frente ao mercado internacional.

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“Nos últimos meses, o Banco Central realizou várias operações de venda de dólares, objetivando controlar a desvalorização do real, e o Paraná, com seus saldos comerciais positivos, contribui para que o País tenha reservas cambiais suficientes para essas ações”, avaliou.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]