O jovem paranaense Antônio Hashitani, de 25 anos, morreu em combate na cidade de Bakhmut, na Ucrânia, como voluntário de um grupo paramilitar contrário às forças do presidente russo Vladimir Putin. Hashitani era estudante de Medicina, e antes de partir para o centro do conflito estava em uma missão de voluntariado no continente africano.
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A morte dele foi confirmada pelo Itamaraty a familiares, no início da semana, mas é possível que Hashitani tenha falecido ainda na semana passada. Em 4 de agosto, o portal de notícias pró-Rússia Sputnik postou, em sua conta nas redes sociais, uma foto do paranaense e um texto no qual informava que soldados russos haviam eliminado “mais um mercenário do Brasil”.
PUC-PR lamentou a morte do paranaense, que também era estudante de Medicina
O Centro Acadêmico de Medicina Mário de Abreu, da PUC-PR, publicou uma nota nas redes sociais na qual lamentava o falecimento do jovem. “Neste momento de tristeza, o CAMMA-PUCPR presta condolências e deixa os mais sinceros pêsames a todos os familiares e amigos de nosso colega”, diz a nota.
O Diretório Central dos Estudantes da PUC-PR também emitiu uma nota de solidariedade aos amigos e à família de Hashitani: “Que a dor deste momento seja breve e a lembrança de quem partiu seja eterna. Nossa solidariedade e condolências para a família do nosso acadêmico nesse momento difícil de luto”.
Amigos de Antônio Hashitani lamentaram a morte do paranaense nas redes sociais
Pelas redes sociais, amigos deixaram mensagens de luto e pesar pela morte do jovem. “Antônio não se contentava nunca, queria mais e mais. Faltando pouco tempo para terminar sua faculdade de medicina, Antônio largou tudo e foi pra África fazer voluntariado. Mas com a sua teimosia, decidiu que precisava ir além então foi pra Ucrânia se voluntariar na guerra”, postou uma amiga.
Em outro texto, Hashitani foi chamado de herói por uma amiga. “Até o último segundo de vida, ele viveu lutando uma guerra que não era dele, e infelizmente também morreu assim! Pensa num bicho teimoso, sempre queria ajudar alguém, parece que não conseguia viver a própria vida e lutar suas próprias batalhas, esse ‘alienado curitibano que era mercenário na Ucrânia’ foi a pessoa mais incrível que tive o prazer de conhecer, e foi meu melhor amigo até o fim! Eu te amo muito!”, diz a postagem.
Paranaense morto na guerra da Ucrânia trabalhou como voluntário na África
Durante o período em que esteve em território africano, Hashitani participou de trabalhos voluntários no Malauí e na Tanzânia em 2017. Joh IL William, diretor executivo da ONG Iniciativas para Promover a Dignidade dos Idosos (Adei), entidade na qual o paranaense colaborou, postou uma mensagem lamentando a morte do jovem.
“Seu sorriso nunca se apagará em nossos corações”, disse William. “Continuai a descansar em paz, meu único irmão Antônio Hashitani. Nossa comunidade está de luto por sua morte. Esse sorriso esperançoso ainda está nos dando esperança por tudo o que passamos. As duas meninas vulneráveis, das quais você era padrinho, estão chorando novamente, desesperançosas sobre seu futuro. Esperamos em breve começar as obras do Memorial Antônio Hashitani para as Crianças como forma de honrar sua vida e continuar dando educação a crianças pobres, órfãs e vulneráveis nas escolas Savvy Brain. Nossa promessa é que continuaremos lutando pela educação das crianças que você estava apadrinhando. Também vamos celebrar uma missa na escola, onde, em sua memória, compartilharemos alimentos com as crianças para celebrar sua vida. Vai em paz, Kaká”, postou William.
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