O Google é amplamente conhecido por suas plataformas de busca, e-mail, armazenamento na nuvem, mapas, vídeos, entre tantas outras. Uma delas, entretanto, corre à margem dos serviços tecnológicos: Google Arts & Culture. Lançado em 2011 com o objetivo de preservar digitalmente a herança artística mundial, o espaço permite que qualquer pessoa de qualquer lugar do planeta tenha acesso a obras de mais de 2 mil museus de 80 países, incluindo o Museu Oscar Niemeyer (MON).
O MON e o Google firmaram parceria em 2018 e desde então seis exposições que já passaram pelas salas do museu em Curitiba foram transportadas para o mundo digital pela plataforma da empresa norte-americana. No espaço, seja no computador ou no smartphone, o usuário pode navegar por imagens das obras, com suas respectivas descrições e informações sobre os autores. Para quem não quer perder nenhum detalhe, as imagens estão em alta resolução e é possível aplicar zoom em cada objeto, fotografia ou quadro. É quase como ir ao museu sem sair de casa.
O segmento Matéria da mostra Luz ≅ Matéria, que ainda está em cartaz no MON, foi adicionado neste mês à plataforma – a parte Luz está no Google Arts & Culture desde 2018. São obras do acervo do museu, com trabalhos de Tomie Ohtake, Efigênia Rolim, Julio Le Parc, Iberê Camargo, Daniel Senise, Francisco Brennand, João Turin, Joan Miró, Miguel Bakun, entre outros. Além de Luz ≅ Matéria, são outras cinco exposições que passaram pelo museu e que estão disponíveis online: Ásia: a terra, os homens, os deuses; Nos pormenores um universo – Centenário de Vilanova Artigas; Irmãos Campana; Não está claro até que a noite caia; e Circonjecturas.
“Nada substitui a experiência de estar frente a frente à uma obra dentro do museu. Mas o MON não poderia ficar de fora dessa plataforma”, diz a diretora-presidente do MON, Juliana Vosnika. “Aquelas pessoas que não têm condições de estarem fisicamente no museu com muita frequência podem acessar e ver as exposições e parte do nosso acervo”, segue.
O acervo do MON conta hoje com aproximadamente 7 mil peças de artes visuais, arquitetura e design. E são exatamente essas obras que o museu quer priorizar para o Google Arts & Culture. Como afirma Juliana, “o museu é o seu acervo”, e por isso o MON pretende ampliar a participação na plataforma com exposições que divulguem o acervo da instituição. “Essa plataforma permite que nosso acervo atravesse as fronteiras físicas, isso é fundamental. Para os segmentos das artes visuais, arquitetura e design, a questão de pesquisa é muito importante. É uma ferramenta fundamental para alunos e pesquisadores que não podem estar pessoalmente no museu”, explica. Não há um cronograma específico de quando e quais exposições do museu estarão disponíveis na plataforma do Google. Entretanto, a expectativa é de novas mostras virtuais. “É um trabalho que vamos fazendo com o tempo. Qualquer uma das exposições pode ir para a plataforma. Para esse ano com certeza teremos novidades”, garante a diretora-presidente do MON.
As exposições do MON no Google Arts & Culture (https://artsandculture.google.com/)
A exposição apresenta projetos originais, desenhos artísticos e maquetes, fotos e documentos do acervo da família do arquiteto curitibano João Batista Vilanova Artigas que completaria 100 anos em 2015.
A exposição do artista paranaense Rafael Silveira apresenta cerca de 50 obras, entre instalações, objetos cinéticos, esculturas, bordados-objetos, pinturas, desenhos e gravuras, entre outros objetos.
A mostra reúne cerca de 130 obras dos designers e irmãos Humberto e Fernando Campana. Entre elas estão obras icônicas, como as poltronas Vermelha (1998), Favela (2003) e Corallo (2003).
A mostra da artista Juliana Stein integrou a Bienal de Curitiba 2017 propõe uma reflexão sobre processos de produção de imagem fotográfica e de leitura. São fotografias e conjunto de textos e palavras em cartazes, além de objetos.
A mostra reúne obras do acervo do MON que têm como ponto comum a luz e a materialidade. São obras de artistas como Alfredo Andersen, Julio Le Parc, Iberê Camargo, Vik Muniz, Tomie Ohtake, Francisco Brennand, João Turin, Joan Miró, Miguel Bakun, entre outros.
Dividida em três partes, a mostra tem cerca de 200 peças de arte asiática que fazem parte do acervo de mais de 3 mil objetos doados ao museu pelo diplomata colecionador Fausto Godoy. São peças de países como China, Japão, Índia, Paquistão, Butão, Irã, Afeganistão e Myanmar.
Street view das artes
Apesar de ser uma plataforma diferente das mais tradicionais do Google, o Arts & Culture utiliza tecnologias usadas em outras ferramentas populares, como o Street View, que permite que as pessoas possam “andar” pelas cidades, rua a rua, como se estivessem pessoalmente no local. Foi essa tecnologia que o Google transportou do Maps para o mundo das artes. Ou seja, hoje é possível entrar e transitar pelos principais museus do mundo, em 360 graus, sem estar lá fisicamente.
Museus como a Galeria Uffizi em Florença, o d’Orsay em Paris, o The Met em Nova York ou a National Gallery em Londres estão disponíveis para serem visitados virtualmente, sala a sala. No Brasil, várias instituições entraram no Street View das artes. É possível caminhar pelas salas do Instituto Moreira Salles e do Museu Nacional de Belas Artes, ambos no Rio de Janeiro, ou explorar parte dos 140 hectares do Instituto Inhotim, em Brumadinho, Minas Gerais.
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