Advogados criminalistas reclamam que ainda não estão conseguindo acessar o atendimento virtual do Departamento Penitenciário do Paraná (Depen) para falar com seus clientes que estão presos, a despeito de uma liminar já obtida desde o último dia 3, e que autoriza o uso da ferramenta. O chamado “Parlatório Virtual”, criado no último dia 23, se tornou uma ferramenta importante diante das restrições relacionadas à pandemia do novo coronavírus.
RECEBA notícias do Paraná pelo WhatsApp
Uma liminar assinada pelo desembargador José Maurício Pinto de Almeida, da 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça, já determinou que o Depen restabeleça o “Parlatório Virtual”, mas advogados sustentam que isso ainda não foi feito e que a Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp), que abriga o Depen, está descumprindo uma decisão judicial.
Autoras do mandado de segurança que gerou a liminar, a Associação Brasileira de Criminalistas (Abracrim) e a Associação Paranaense de Advogados Criminalistas (Apacrimi) alegaram que o secretário estadual da Segurança Pública, Romulo Marinho Soares, suspendeu o atendimento virtual dos advogados aos seus clientes presos “sem qualquer justificativa ou fundamentação plausível”. Também apontaram que a decisão de suspensão não foi comunicada ao TJ, nem à OAB e nem ao Ministério Público, que participaram da criação do Parlatório Virtual.
Sesp diz que autoriza “acesso presencial” em casos “urgentes”
Procurada pela Gazeta do Povo, a Sesp se manifestou no início da noite desta terça-feira (7), através de uma nota, na qual não explica o motivo da suspensão do Parlatório Virtual, nem as razões do descumprimento da liminar, e acrescenta que o “acesso presencial” de advogados está sendo permitido em situações “urgentes”.
“A Secretaria de Estado da Segurança Pública informa que, tomando as devidas precauções de combate à proliferação da Covid-19, está permitindo aos advogados o acesso presencial aos seus clientes presos, em decorrência de necessidades urgentes, o que está alinhado com a posição do Depen Nacional e do próprio Supremo Tribunal Federal. Quanto à liminar, as informações já foram prestadas nos autos”, diz a nota.
Vai piorar antes de melhorar: reforma complica sistema de impostos nos primeiros anos
Nova York e outros estados virando território canadense? Propostas de secessão expõem divisão nos EUA
Ação sobre documentos falsos dados a indígenas é engavetada e suspeitos invadem terras
“Estarrecedor”, afirma ONG anticorrupção sobre Gilmar Mendes em entrega de rodovia
Segurança pública: estados firmaram quase R$ 1 bi em contratos sem licitação
Franquia paranaense planeja faturar R$ 777 milhões em 2024
De café a salão de beleza, Curitiba se torna celeiro de franquias no Brasil
Eduardo Requião é alvo de operação por suspeita de fraudes em contratos da Portos do Paraná
Deixe sua opinião