Parque do Monge é reaberto pelo governo, mas prefeitura interdita por insegurança sanitária

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O primeiro final de semana de reabertura de unidades de conservação estaduais – com a exceção de Vila Velha e Ilha do Mel, que continuam fechados – foi marcado por problemas no Parque do Monge, na Lapa. A prefeitura fez uma vistoria no sábado (15) e não encontrou os controles de acesso estabelecidos na portaria estadual para a retomada das atividades. Por isso, a Vigilância Sanitária Municipal fez uma inspeção no domingo (16), confirmou as irregularidades e interditou o local.

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O coordenador municipal de Comunicação e Marketing, Marcio Assad, afirma que, ao chegar na entrada do parque, encontrou apenas um funcionário, um segurança terceirizado, que teria dito que não recebeu qualquer tipo de treinamento de como deveria proceder para receber visitantes. Também não havia, segundo Assad, álcool em gel para os turistas ou aferidor de temperatura – itens obrigatórios, segundo a portaria de reabertura. Placas informativas sobre medidas de prevenção não foram vistas. O funcionário, que não usava máscara, também não dispunha de meios para garantir que apenas 50% da capacidade fosse respeitada.

Assad conta que está à frente do programa “A Lapa e Novo Normal”, de retomada do desenvolvimento, e busca atrair turistas seguindo padrões de segurança. A cidade já teve 322 casos confirmados do novo coronavírus e cinco mortes. Ele relata que o parque fechou em 2009, para obras, e nunca reabriu oficialmente. Ponto de romaria religiosa e de contemplação da natureza, o local passava por uma revitalização feita pela construtora Valor, alvo de investigação do Ministério Público sobre desvios na construção e reformas de escolas, a chamada Operação Quadro Negro.

Em nota, o Instituto Água e Terra (IAT) informou que as unidades de conservação receberam, conforme previsto em portaria, todos os equipamentos para mitigação e controle, como álcool 70% e máscaras. Já os termômetros deverão, ainda segundo o IAT, ser entregues ainda esta semana, pois a empresa que havia apresentado o menor orçamento desistiu e foi necessário fazer outro processo de compra. O órgão informa ainda que as equipes de atendimento são reforçadas conforme demanda de visitação.