Leito em hospital (imagem ilustrativa).| Foto: Pixabay
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Cerca de 73,2 mil pessoas precisam ser internadas em hospitais do Paraná a cada mês, por diversos motivos, como doenças do coração, problemas gástricos, lesões corporais, tumores e partos. Agora, durante a pandemia da Covid-19, em que os estabelecimentos de saúde estão sendo direcionados para o acolhimento e tratamento dessa nova doença, como ficam os demais pacientes? Não há uma resposta única: a orientação é conversar com o médico de confiança, quando possível, ou procurar a unidade de saúde mais próxima de sua residência. Em casos de emergência, é preciso ir a um hospital de referência na área específica.

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Em 2019, o Paraná teve um total de 879,2 mil internamentos, o que dá a média de 73,2 mil por mês, segundo dados do Datasus, do Ministério da Saúde. Os principais motivos que levam as pessoas a procurar hospitais são: gravidez, parto e puerpério (10,2 mil internamentos por mês); doenças do aparelho circulatório (9,5 mil), lesões, traumas e outras consequências de causas externas (8,1 mil), doenças do aparelho respiratório (7,9 mil), doenças do aparelho digestivo (7,5 mil) e tumores (6,5 mil).

“A vida não para. As pessoas vão continuar nascendo e morrendo. Teremos diversos agravos. Portanto, não estamos fazendo só o combate ao novo coronavírus, mas faremos enfrentamento a tudo”, afirmou o secretário estadual de Saúde, Beto Preto, à Gazeta do Povo. Ele destacou ainda a necessidade de atendimento dos casos de dengue – pelo boletim mais recente, o Paraná já teve 76,6 mil casos confirmados desde agosto de 2019, com 57 mortes.

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Segundo o presidente da Federação das Santas Casas de Misericórdia e Hospitais Beneficentes do Paraná (Femipa), Flaviano Ventorim, a determinação do Ministério da Saúde em cancelar procedimentos eletivos já reduz significativamente a necessidade de internamentos. “As pessoas deixaram de ir aos hospitais. A maior parte deles, em especial os privados, estão com taxa de ocupação baixíssima”, afirmou.

No caso de pacientes crônicos, como diabéticos e cardiopatas, o acompanhamento médico continua normalmente, e qualquer situação precisa ser avaliada pontualmente. “Há obviamente uma fuga de pacientes com medo do coronavírus”, observou Ventorim. A respeito das gestantes, também é necessário conversar com o profissional de saúde responsável. “Pode-se optar por uma maternidade ou um hospital, caso seja necessária uma maior estrutura para casos específicos. Mas aí vai do médico avaliar qual é o maior ou menor risco disso”, acrescenta. No caso de lesões e acidentes, o isolamento social tem reduzido a demanda hospitalar nos últimos dias.

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Hospital de campanha

Ventorim concorda com o posicionamento do prefeito de Curitiba, Rafael Greca, que descartou a possibilidade de construção de um hospital de campanha em estádio, nos moldes do que o governo de São Paulo vem fazendo no Pacaembu. “São Paulo deve ter feito um estudo mostrando a necessidade disso, mas a capilaridade de leitos na capital do Paraná e municípios do entorno é muito boa. Pelos cálculos das secretarias de saúde municipal e estadual, estamos aptos a enfrentar a pandemia. Pode parecer simples construir um hospital, mas envolve estruturação muito complexa. Onde ficariam os insumos médicos? Onde seria feita a alimentação para essas pessoas, os depósitos necessários?”, pontua.

Para o presidente da Femipa, a melhor opção em caso de necessidade é transformar todos os leitos de um hospital em leitos de UTI. “O que não dá é comparar a situação de Curitiba com São Paulo, por exemplo, pela diferença da população e pela densidade populacional”, observa. Segundo o IBGE, a capital paranaense tem população estimada de 1,9 milhão, com densidade de 4 mil habitantes por quilômetro quadrado; os números da capital paulista são 12 milhões e 7,3 mil hab/km², respectivamente.

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Óbitos

Em 2019, morreram 33,6 mil pessoas em internamento hospitalar no Paraná, uma média de 2,8 mil por mês. As causas relacionadas ao maior número de óbitos foram septicemia (média de 312 mortes por mês); pneumonia (274); insuficiência cardíaca (144); infarto agudo do miocárdio (70) e insuficiência renal (65).

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