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Ministro da Saúde Eduardo Pazuello com versa com profissionais de saúde na presenção o prefeito Leonaldo Paranhos e o secretário de Saúde do Paraná, Beto Preto, em visita a Cascavel.
Ministro da Saúde Eduardo Pazuello com versa com profissionais de saúde na presenção o prefeito Leonaldo Paranhos e o secretário de Saúde do Paraná, Beto Preto, em visita a Cascavel.| Foto: Gilson Abreu / AEN

Pouco antes da visita a Cascavel do ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, o Ministério Público Federal (MPF) e o Ministério Público do Paraná (MP-PR) entraram com ação conjunta na Justiça pedindo urgência na transferência de pacientes com Covid-19 da cidade para outros estados. Em todo o Paraná, a ocupação de leitos de UTI para coronavírus bateu em 96% nesta quinta, sendo a Regional Oeste a mais crítica de todas, com 98% das vagas intensivas ocupadas.

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Domingo (28), o sistema de saúde de Cascavel começou a colapsar. Superlotado, com pacientes em macas nos corredores, o Hospital de Retaguarda, principal unidade de tratamento do coronívus no Oeste do estado, não interna mais ninguém desde a tarde de terça-feira (2). Já a UPA do Brasília, a maior de Cascavel, deixou de receber pacientes na noite do mesmo dia. De tantas pessoas internadas, a recepção da unidade teve de ser improvisada como enfermaria.

Na ação protocolada na 2ª Vara Federal de Cascavel, a procuradora da República Andressa Caroline de Oliveira Zanette e o promotor de Justiça Ângelo Mazzuchi Santana Ferreira citaram o exemplo de pacientes de Manaus que vieram se tratar no Paraná em fevereiro e o pedido de transferência de pacientes do Oeste de Santa Catarina para o Espírito Santo. Caso não seja possível a transferência, o MPF e o MP-PR pedem para que seja montada uma estrutura provisória que atenda o grande número de infectados pelo coronavírus. A ação requer ainda multa de R$ 1 milhão caso as medidas sejam descumpridas.

Sob o risco de ter de transformar ambulâncias em leitos, o próprio prefeito de Cascavel, Leonaldo Paranhos (PSC), já havia solicitado à Secretaria Estadual de Saúde (Sesa) a transferência de pacientes para outras cidades. Normalmente, os municípios da mesma região fazem esse transporte de pacientes entre cidades vizinhas quando uma delas excede a possibilidade de atendimento. Entretanto, como os hospitais de todo o Oeste estão lotados, a prefeitura teve de solicitar a remoção para outra regional de saúde coordenada pela Sesa.

O secretário estadual de Saúde, Beto Preto, que foi a Cascavel acompanhar a visita de Pazuello, afirma que diante do avanço acelerado do coronavírus em todo o Brasil, a chance de se transferir pacientes de Cascavel e de todo o Paraná para outros estados é muito pequena. “É uma possibilidade mínima. Recebemos pacientes do Amazonas, mas era outra situação. Hoje temos 18 ou 19 estados com lotação total de seus leitos de UTI. Santa Catarina ficou de enviar 16 pacientes para o Espírito Santo, mas conseguiu encaminhar só um”, comparou o secretário de Saúde em entrevista ao jornal Meio Dia Paraná, da RPC.

Pazuello chegou a Cascavel às 14h. Ele visitou uma UPA e o centro de vacinação da cidade. Citando a transmissão acelerada da nova variante brasileira do coronavírus, o ministro reforçou a necessidade de abertura de mais leitos não só em Cascavel, mas em todo o paísl. "Temos que ficar muito atentos aonde a necessidade aconteça, para que a gente chegue com apoio e possa realmente crescer e cuidar das pessoas, salvar mais vidas. Estamos em um dos estados que tem a melhor estrutura de saúde do país. Confiamos nessa capacidade”, enfatizou o ministro da Saúde ao chegar a Cascavel.

Quarta-feira, o Ministério da Saúde enviou um lote extra de 6 mil vacinas para Cascavel, junto com as 146,8 mil doses que foram distribuídas para todo o estado. Antes, na terça-feira,  o Ministério da Saúde já havia enviado 15 ventiladores para serem utilizados nos 32 novos leitos intensivos que a Sesa planeja ativar na cidade ainda nesta semana.

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