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Pedido para impeachment de Barroso não deve ter adesão de senadores paranaenses
O senador Sergio Moro (União) não deve assinar o documento que pede o impeachment de Barroso.| Foto: Pedro França/Agência Senado.

Os três senadores da bancada do Paraná não assinaram o pedido de impeachment contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso. O pedido foi protocolado no Senado nesta quarta-feira (19), pelo deputado federal Carlos Jordy (PL-RJ) e pelo senador Jorge Seif (PL-SC), após a declaração de Barroso sobre o enfrentamento ao bolsonarismo durante discurso na União Nacional dos Estudantes (UNE).

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O pedido encaminhado ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD), teve assinaturas de 73 deputados e 12 senadores. Confira a lista.

A posição dos senadores paranaenses Sergio Moro (União), Oriovisto Guimarães (Podemos) e Flávio Arns (PSB) é indicada pela ausência dos nomes entre os parlamentares que aderiram ao documento que pede a saída de Barroso da Suprema Corte pelo “crime de responsabilidade”, conforme o documento.

Nenhum dos senadores do Paraná se manifestou, oficialmente, sobre o caso. A assessoria de Moro respondeu apenas que ele não assinou o documento, sem esclarecer o motivo do posicionamento. A reportagem apurou que Moro é contra o pedido de impeachment de Barroso e não deve assinar o documento.

Já o senador Oriovisto Guimarães está em viagem durante o recesso parlamentar e não deve se manifestar sobre o assunto no momento, de acordo com a assessoria do parlamentar. Flávio Arns foi procurado pela reportagem da Gazeta do Povo, mas não atendeu as ligações.

No pedido encaminhado ao Senado, os parlamentares argumentam que Barroso “despiu-se, integralmente, de qualquer resquício da posição institucional”, quando usou frases como “já enfrentei a ditadura e já enfrentei o bolsonarismo”. Além disso, o pedido de impeachment de Barroso afirma que houve a participação de lideranças petistas no congresso promovido pela UNE, em Brasília.

“Nós derrotamos a censura, nós derrotamos a tortura, nós derrotamos o bolsonarismo para permitir a democracia e a manifestação livre de todas as pessoas”, discursou o ministro do STF, acusado por exercer atividade política-partidária e proceder de modo incompatível com a honra, dignidade e decoro de suas funções, o que pode caracterizar o crime de responsabilidade, segundo o pedido de impeachment.

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