O Sindicato das Escolas Particulares do Paraná (Sinepe) enviou ofício a 46 municípios do estado solicitando o retorno gradual da Educação Infantil nestas cidades. Segundo o sindicato, as crianças de 0 a 5 anos são as mais afetadas com a suspensão das aulas no estado, uma vez que o ensino remoto não é indicado para esta faixa etária. O sindicato argumenta ainda que, com a volta de praticamente todos os demais setores da economia às atividades, mães e pais que precisam trabalhar estão deixando as crianças em locais sem estrutura pedagógica e com mais risco de contaminação, sob cuidados de avós, vizinhos ou pessoas que estão fazendo bico como “crecheiras”. Por outro lado, uma escola seguirá rígidos protocolos sanitários e será fiscalizada.
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“O desenvolvimento integral da criança em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social já foi duramente afetado, e prolongar isso por tempo indeterminado é colocar em xeque a continuidade da educação delas não apenas em 2020, mas durante toda a vida”, diz Esther Cristina Pereira, presidente do Sinepe/PR, pontuando que a aula online não é indicada para crianças nessa idade, de 0 a 5 anos. “Vamos começar atender pelos pequenos, pois as mães que precisam trabalhar e estão deixando os filhos com vizinhas, mães crecheiras. Nesses locais, onde estão crianças de famílias diferentes, o risco é muito maior do que ficar na escola, que seguirá protocolos”, compara.
Os 46 municípios do Paraná que o Sinepe/PR protocolou o ofício foram: Araucária, Cam-pina Grande do Sul, Campo Largo, Candói, Carambeí, Cascavel, Castro, Chopinzinho, Colombo, Curitiba, Dois Vizinhos, Fazenda Rio Grande, Foz do Iguaçu, Francisco Beltrão, Guaíra, Guarapuava, Guaratuba, Ibema, Ivaiporã, Jesuítas, Joaquim Távora, Lapa, Laranjeiras do Sul, Mangueirinha, Manoel Ribas, Marechal Cândido Rondon, Palmas, Palmeira, Palotina, Paranaguá, Pato Branco, Pinhais, Pinhão, Pirai do Sul, Piraquara, Ponta Grossa, Pontal do Paraná, Quatro Barras, Rio Branco do Sul, Rio Negro, São José dos Pinhais, São Mateus do Sul, São Miguel do Iguaçu, Telêmaco Borba, Toledo e União da Vitória.
“Inicialmente, nossa proposta é que essa retomada seja gradual, priorizando os pais que prestem serviços essenciais. Todas as instituições associadas ao sindicato estão cientes das medidas que serão necessárias nesse retorno”, reforça Esther.
A não obrigatoriedade de matrícula escolar para crianças até 4 anos de idade fez com que muitos pais retirassem seus filhos da escola como medida de economia durante os meses de isolamento social. Somando-se a isso a inadimplência e os descontos negociados com os pais que mantiveram seus filhos matriculados, as pequenas escolas de educação infantil têm sido as instituições educacionais com maiores problemas financeiros durante a crise causada pela pandemia da Covid-19, já com o registro de alguns estabelecimentos fechando suas portas definitivamente.
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