Indicado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) para assumir a direção-geral do lado brasileiro da Itaipu Binacional, o general João Francisco Ferreira, 71 anos, prestou 48 anos de serviço no Exército e está na reserva desde abril de 2014. Nascido em Santa Maria, no Rio Grande do Sul, em 1949, ingressou nas Forças Armadas em 1966 e chegou a chefe do Comando Militar do Oeste, em Campo Grande, entre 2011 e 2014.
As principais notícias do Paraná no seu WhatsApp
Sua carreira militar teve início na Escola Preparatória de Cadetes do Exército. Tornou-se aspirante-a-oficial da arma de infantaria em 1972 na Academia Militar das Agulhas Negras (Aman), onde Bolsonaro também estudaria alguns anos depois. Serviu ainda no 26º Batalhão de Infantaria Paraquedista, no Rio de Janeiro, e, já como capitão, foi instrutor da Escola de Educação Física do Exército, em Fortaleza.
Em 1981, recebeu a medalha Marechal Hermes por ter sido o primeiro colocado na turma de infantaria da Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais, no Rio. Na sequência, atuou no 63º Batalhão de Infantaria, em Florianópolis. Em 1983, foi designado para a Missão Militar Brasileira de Instrução no Paraguai. Em 1998, já como coronel, foi nomeado oficial do gabinete do Ministro do Exército e, em 1999, adido militar no México.
Em 2006, durante o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ocupou a vice-chefia do Estado-Maior de Defesa do Ministério da Defesa. Já entre 2008 e 2010, comandou a 6ª Região Militar, em Salvador. No Comando Militar do Oeste, em Campo Grande, trabalhou pela implantação do Sistema de Monitoramento de Fronteiras (Sisfron) na região.
Foi transferido para a reserva remunerada em 28 de março de 2014 por ter atingido 12 anos nos postos de general, conforme prevê a legislação. Em 2014, recebeu o título de cidadão baiano da Assembleia Legislativa da Bahia.
Ele será o quarto diretor com formação militar na direção da Itaipu, sucedendo o também general da reserva Joaquim Silva e Luna, indicado nesta sexta-feira (19) para assumir a presidência da Petrobras e que está à frente da hidrelétrica desde fevereiro de 2019. Antes de Silva, o último militar a ocupar o cargo foi o ex-governador do Paraná e general de Exército Ney Braga, que dirigiu Itaipu entre 1985 e 1990.
Entidade binacional, a usina foi criada e é regida, em igualdade de direitos e obrigações, pelo Tratado de Itaipu, assinado em 1973, entre o Brasil e o Paraguai. Com 2,76 bilhões de megawatts-hora acumulados desde 1984, a hidrelétrica é considerada liderança mundial em produção de energia.
Ferreira assumirá o lado brasileiro do empreendimento às vésperas da quitação da dívida proveniente do financiamento para sua construção, que deve ocorrer em 2023. Em sua gestão, ficará responsável ainda pela continuidade de um programa de obras de infraestrutura iniciado por Silva e Luna, que inclui a construção da Ponte da Integração, segunda ligação entre Foz do Iguaçu e Paraguai, que receberá um investimento total de R$ 463 milhões da empresa e deve ser concluída em 2022.
Bolsonaro e mais 36 indiciados por suposto golpe de Estado: quais são os próximos passos do caso
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
A gestão pública, um pouco menos engessada
Projeto petista para criminalizar “fake news” é similar à Lei de Imprensa da ditadura
Segurança pública: estados firmaram quase R$ 1 bi em contratos sem licitação
Franquia paranaense planeja faturar R$ 777 milhões em 2024
De café a salão de beleza, Curitiba se torna celeiro de franquias no Brasil
Eduardo Requião é alvo de operação por suspeita de fraudes em contratos da Portos do Paraná
Deixe sua opinião